06/04/2015 10h20 – Atualizado em 06/04/2015 10h20
Fonte: Sato Comunicação / Assessoria de Imprensa
Mato Grosso do Sul deve chegar à reta final da colheita de soja nos próximos dias. No ranking nacional, o Estado é o quinto maior produtor do grão que ocupa 2,3 milhões de hectares. Segundo estimativas da Conab, a colheita deve totalizar 6,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 12,3% em relação à safra passada, que chegou a 6,1 milhão de toneladas. Apesar do crescimento do setor, que impulsiona a economia regional, a mão de obra ainda é considerada um dos maiores entraves.
“A falta de preparo dos profissionais tem gerado uma alta rotatividade nas empresas e instituições. As pessoas saem do mundo acadêmico sem as ferramentas práticas para gerar resultados mais eficientes e agregar valor ao negócio”, aponta Regis Borges, especialista em gestão estratégica e marketing, superintendente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MS) e idealizador do Pro-Fissa, programa de educação corporativa. O agronegócio é uma das frentes Pro-Fissa que tem trabalhado nos profissionais participantes conceitos de gestão, produtividade e, principalmente, na geração de valor. “Trabalhamos educação corporativa preparando profissionais para que eles possam entregar resultados, com maior eficiência no trabalho, com foco em gerar valor no negócio em que eles estão envolvidos”, complementa.
O superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Cultura, Turismo Empreendedorismo e Inovação do Governo do Estado, Renato Roscoe, faz parte do quadro de facilitadores. “Queremos fomentar empresas mais produtivas, com padrão de valor melhor. Isso vai impactar diretamente na sociedade, que sente diretamente os benefícios de uma economia mais sólida, responsável, com resultados contínuos”, analisa Roscoe que já foi diretor-executivo da Fundação MS, instituição criada para implementação de tecnologias na agropecuária. Conforme Roscoe, o treinamento fornece instrumentos que provocam mudança de comportamento e motivação ao profissional. “Isso gera ganho de produtividade para a empresa, que resulta, inclusive, em novos projetos de gestão e organização interna”.
A participação no Pro-Fissa motivou o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, André Lourenção, juntamente com o analista de Comunição também da Fundação MS, Diego Gamarra, a criar o projeto Máquina de Ideias, apresentado na Showtec 2015. “O projeto tem como objetivo discutir, de formas diferentes, assuntos que são pertinentes ao agro e que eram debatidos, até então, sem apontarem, efetivamente, uma saída”, explicou Lourenção. Na Showtec, o projeto abordou mecanismos para mudar a visão negativa que a sociedade tem em relação ao produtor rural. “A maior parte da população vê, no produtor, alguém que desmata florestas, que usa defensivos químicos de forma irresponsável, quando, na verdade, é ele quem mais cuida do meio ambiente, porque o uso dos recursos naturais de forma equilibrada impacta positivamente em seu negócio”, complementa.
O Pro-Fissa, programa de Qualificação Profissional Estratégica (QPE), é voltado para a alta performance e geração de valor. O programa atua em quatro frentes: agro, comércio, indústria e serviço. Há um ano o programa tem qualificado profissionais de todo o Estado. “Utilizamos uma metodologia inovadora, que se vale do processo de co-autoria, em que o professor constrói o conteúdo junto com o aluno e integrando as experiências compartilhadas por todo o grupo”, resume Régis. As turmas têm, em média, 25 profissionais.
São 36 horas de atividades divididas em 2 finais de semana. A próxima turma é o “Pro-Fissa Agro” e tem início no dia 10 de abril, sexta-feira. Mais informações pelos telefones 67 8436 9282 e 9215 2166, ou pelo site www.pro-fissa.com.
