08/07/2015 11h11 – Atualizado em 08/07/2015 11h11
Ginástica artística feminina prepara para mostrar o salto de qualidade no Pan
Fonte: Ministério do Esporte
As melhores ginastas do Brasil querem mostrar nos Jogos Pan-Americanos a potência da geração que vai defender a bandeira verde e amarela nas Olimpíadas de 2016. Logo, a seleção contará no evento com a força total na ginástica artística feminina. Com intenso investimento do governo federal nos últimos anos, a modalidade mudou de patamar no país, ganhou estrutura – com a maior compra de equipamentos dos últimos 40 anos –, ampliou o apoio direto aos atletas e, agora, tem todas as condições de enfrentar em pé de igualdade os países de referência no esporte.
Para contar com uma equipe competitiva perante as potências mundiais, a coordenadora da equipe de Ginástica Artística Feminina, Georgette Vidor, ressalta as diferentes fontes de apoios que as jovens passaram a contar como suporte. “São diversos apoios de várias formas. Se não fosse isso, certamente, o resultado não viria. São as leis de incentivo dos estados, a lei de incentivo federal, os programas de bolsas…tudo isso junto faz com que os atletas possam apresentar um nível de performance que é o que a gente deseja e sonha”, explicou.
Em Toronto, a seleção será representada por Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, que substituiu Rebeca Andrade que sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior. Cinco jovens recebem o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte. As meninas entrarão em ação no próximo domingo (12.07), às 20h05.
Georgette Vidor explica que as ginastas são profissionais e precisam de toda a tranquilidade do mundo para se manter em alto nível, com equipe multidisciplinar dando suporte e tudo que necessitam para treinar o máximo de horas possível. “Elas são muito jovens. Para você abrir mão da infância, da adolescência e até sacrificar um pouco o estudo, é importante ter tranquilidade financeira. São anos de dedicação e, quando acaba essa história, eles têm que ter um dinheiro para poder fazer uma boa universidade, abrir um negócio. Na minha época, a gente se dedicada ao esporte só por amor. Hoje, o alto nível que o Brasil chegou, querendo ser potência olímpica, isso requer coisas que você tem que fazer que custam muito dinheiro”, conta.
A meta no Pan é superar o desempenho da última edição em Guadalajara, no México. Para isso, a Seleção Brasileira precisa conquistar mais do que os dois bronzes de Daniele Hypolito, no solo e na trave, em 2011. O foco da equipe é o Mundial de Glasgow, na Escócia. Os Jogos servirão também como preparação para o evento, que será disputado em outubro e será classificatório para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
Com o domínio dos Estados Unidos na modalidade, as brasileiras vão brigar pelo segundo lugar na prova por equipes. Destaque da delegação nacional nos Jogos Olímpicos da Juventude 2014, Flávia Saraiva fará a sua estreia em uma grande competição multiesportiva na categoria adulta. A jovem de 15 espera repetir os bons resultados internacionais. “Estou muito empolgada. Quero trazer uma medalha para o Brasil. Estou confiante”, disse Flávia.
Sobre o desempenho do país, a coordenadora também se mostra confiante. “A gente está com uma equipe muito bem preparada e, se nada acontecer, nós vamos surpreender e disputar com canadenses e mexicanas e apertar um pouco as americanas, para não se sentirem tão tranquilas na competição”, disse.
