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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Pecuária de corte: atender exigências do mercado é saída para mais lucratividade

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21/09/2015 10h50 – Atualizado em 21/09/2015 10h50

Fonte: Embrapa

A necessidade de mudança de conceitos no sistema de produção de bovinos de corte para remunerar melhor o produtor foi um dos principais tópicos debatidos durante o evento “Produção de Carne e Leite em Sistema de Integração Lavoura-Pecuária” realizado na última quarta-feira, 16, na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). A visão, apresentada pelo médico-veterinário Fabiano Alvim Barbosa, da Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), é de mudanças de paradigmas, como necessidade de precocidade no abate e adoção de estratégias de confinamento no final do ciclo.

“O mercado exige cada vez mais uma carne de melhor qualidade, um animal com melhor acabamento de carcaça. Isso se traduz em um abate mais precoce, até os 27 meses”, defende o veterinário. Outra recomendação é sobre a não castração dos animais machos, o que corresponde, segundo ele, a um maior depósito de testosterona na musculatura do animal. A suplementação no final do ciclo de ganho de peso por meio de sistemas de semi-confinamento ou confinamento é outra exigência do mercado, de acordo com o veterinário, e estratégia para superar com eficiência a estação seca, evitando o chamado “boi sanfona”.

Para essa operação, o produtor deve estar atento a alguns fatores, como a disponibilidade de insumos e de área para a produção de volumoso, o custo da arroba produzida, o capital de giro disponível e o momento certo para a compra de insumos. Sobre quais animais confinar, Fabiano Alvim é categórico quanto ao grupo genético, que determina características como o depósito de gordura e a precocidade de abate. “Defendo a todo o momento que é fator determinante no sucesso do negócio a correta comercialização dos insumos e do rebanho, tanto no momento da compra quanto no da venda”.

Recuperação de pastagens é fundamental

No sistema de Integração Lavoura-Pecuária da Embrapa Milho e Sorgo, formado por quatro plots de 5,5 hectares, fez-se a recuperação das pastagens, aplicação de calcário e gesso agrícola. Com isso, o sistema radicular das gramíneas consegue atingir maiores profundidades e extrair mais água e nutrientes. “Temos que oferecer condições para a lavoura desenvolver, já que ela é muito mais exigente que a pastagem. O produtor deve ter isso em mente”, defende o pesquisador Ramon Costa Alvarenga.

Ramon apresentou durante o dia de campo valores referentes à recuperação de um hectare de pastagem degradada para inserção em um sistema de ILP na região de Sete Lagoas, no centro de Minas Gerais. De acordo com ele, para a limpeza da área são necessários R$ 210; três toneladas de calcário representam R$ 240; uma tonelada de gesso agrícola sai por R$ 85; distribuição do calcário e do gesso representa R$ 75; a aração fica em R$ 240; e, por fim, a gradagem à R$ 180. “Um investimento de R$ 1.030 que será feito apenas uma vez e que é determinante para baixar os custos de produção”, afirmou.

LEITE – Por fim, o pesquisador Carlos Eugênio Martins, da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), apresentou casos de sucesso em que propriedades leiteiras localizadas na região da Zona da Mata mineira se tornaram modelos de sustentabilidade e de eficiência financeira com a utilização de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e de cultivos consorciados. Para conhecer mais sobre essas propriedades, acesse o Canal ILPF da Embrapa no YouTube e procure pelos vídeos produzidos em dois municípios mineiros: Coronel Xavier Chaves e Mar de Espanha.

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