05/11/2015 16h44 – Atualizado em 05/11/2015 16h44
Fonte: Rádio ONU
O Conselho de Segurança da ONU debateu esta quinta-feira a situação na Líbia.
A promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI, Fatou Bensouda, disse que o país árabe está envolvido no que parece ser um ciclo de violência sem fim.
Crimes e Instabilidade
Ela citou a ocorrência de crimes de larga escala e a instabilidade crônica da região.
Bensouda disse no pronunciamento que tudo isso “tem uma ramificação que prejudica não só o bom funcionamento das instituições públicas, mas também a questão dos direitos humanos no país”.
O fracasso da lei e da ordem, causado pelo conflito e pela divisão política, resultou no aumento das violações das leis internacionais de direitos humanos e humanitária.
Ela explicou que nesse ambiente, os esforços nacionais para fortalecer a prestação de contas pelas atrocidades cometidas na Líbia e para estabelecer um Estado de direito, enfrentam grandes desafios.
Mas Bensouda disse que graças aos esforços da Missão da ONU na Líbia, Unsmil, a população poderá ver em breve um futuro mais promissor.
A chefe do TPI citou os progressos alcançados recentemente para se atingir a paz e a estabilidade no país com a criação de um governo de unidade nacional.
Negociações
O representante do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para a Líbia, Bernardino León, falou sobre o longo e complexo período de negociações entre os vários grupos do país.
Segundo León, “os líderes líbios têm agora uma oportunidade única para chegar a um acordo político e poupar o país e a população de mais mortes e destruição”.
O representante da ONU deixou claro que “não haverá uma paz viável na Líbia sem o engajamento construtivo de todos os lados envolvidos no processo”.
Sucesso
Para León, o “sucesso dessa negociação vai depender do apoio coletivo ao acordo”.
Ele explicou que “o comando e o controle do processo de diálogo pela Líbia e o resultado das conversações representam a parte central dos esforços de mediação das Nações Unidas.
Bernardino León disse que o acordo político não serve como “remédio” para todos os problemas do país. Ele foi idealizado para criar as bases e os princípios que vão guiar a próxima fase do processo de transição.
