05/11/2015 09h45 – Atualizado em 05/11/2015 09h45
Fonte: Fiems
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (5), seguindo o movimento da véspera, em meio a crescentes apostas no aumento de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e após a Câmara dos Deputados adiar novamente a votação do projeto que permite a regularização de bens brasileiros no exterior.
Às 9h09, a moeda norte-americana avançava 0,16%, cotado a R$ 3,8031 para venda. Na véspera, o dólar avançou 0,69%, a R$ 3,7967 para venda. Na semana, o dólar acumula baixa de 1,71%. No ano, há valorização de 42,8%.
Ação do BC
O avanço da moeda era limitado pela atuação do Banco Central, ao anunciar, após o fechamento dos negócios na quarta-feira, leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra para esta tarde. Segundo assessoria de imprensa do BC, o leilão não é para rolar contratos existentes.
O BC também dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Com a queda do dólar registrada em outubro, o Banco Central registrou lucro de R$ 19 bilhões com as operações de swaps cambiais.
Dados dos EUA e forte alta nas bolsas da China
Por que expectativas de alta nos juros dos EUA fazem o dólar subir?
Juros mais altos nos Estados Unidos atrairiam para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil. Com o país mais atraente para investimentos, aumentaria a demanda por dólares – fazendo assim seu valor subir em relação a moedas como o real.
A chair do Federal Reserve, Janet Yellen, disse nesta quarta que a economia dos Estados Unidos está apresentando “boa performance” e poderia justificar aumento da taxa de juros em dezembro.
As bolsas de valores da China tiveram nesta quarta-feira o maior ganho diário em sete semanas, impulsionadas por expectativas de que um canal de negociação entre os mercados acionários de Hong Kong e Shenzhen pode ser lançado antes do fim do ano.
Tombos recentes das ações chinesas vêm provocando apreensão com a desaceleração da segunda maior economia do mundo, importante parceiro comercial do Brasil e referência para mercados emergentes.
