27/03/2016 07h30 – Atualizado em 27/03/2016 07h30
Páscoa: A Suficiência do Sacrifício de Jesus e a Teologia da Ressurreição em um Capítulo
Fonte: Não Morda Maçã e John Piper
Graça e paz, pessoal. Na semana da Páscoa, eu também não poderia deixar de falar sobre o assunto. Saindo da discussão sobre cristãos e ovos de chocolate, há algo mais importante para refletir. Você tem noção da importância da morte de Jesus na sua vida?
O escritor de Hebreus certamente tinha, já que ele nos traz uma brilhante exposição de argumentos para que entendamos que o sacrifício de Cristo foi um marco indispensável para toda humanidade. O texto de referência é um pouco mais extenso desta vez:
Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo Seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a Si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Hebreus 9.11-15
Para alguns pode até ocorrer de dizer que Jesus é Deus, então passar pela morte não seria algo complicado. Porém, a Bíblia mostra que, enquanto esteve na terra, o Senhor esvaziou-se de sua natureza divina (Filipenses 2.7). Os milagres que os Evangelhos relatam são obra da pessoa do Espírito Santo, operando na vida de Jesus.
Enquanto homem, Cristo foi tentado em tudo (Hebreus 4.15). Vamos soletrar: T-U-D-O. Ele soube resistir às tentações por ter uma atitude de dependência total ao Pai. Não são poucas vezes que lemos que Jesus saía para orar sozinho. Nem raras as oportunidades que Ele demonstra Seu amor por Deus (ainda que Ele próprio seja Deus!). Para quê? Servir de exemplo para nós.
É importante relembrar que a morte de Jesus não foi um evento genérico, mesmo que um leitor desatento de João 3.16 ache isso. O Senhor enfrentou a cruz por cada um de nós. Individualmente. Sim! Durante aqueles momentos de agonia, Cristo não tirou do pensamento nem eu nem você! Ainda que estivesse muito longe de nascermos, Ele já demonstrava amor por nós! Afinal, foi por nosso pecado que Ele entregou-se à morte.
Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Tito 2.11
Jesus não parou Sua obra ao redimir nossos pecados. Ele ressuscitou. Esta é uma dica de que aqueles que creem nEle também terão nova vida. Quando confessamos Cristo como Senhor e Salvador, estamos dizendo nas entrelinhas que cremos que estaremos reunidos com Ele por todo sempre!
John Piper: O fluir da Páscoa: uma teologia inteira da Ressurreição em um capítulo
Ele ressuscitou! E como é grande o transbordar daquele único evento. Foi cósmico. Sim! da parte de Deus Pai, a morte teve todo efeito que era para ter. E foi o início da existência eterna do Deus-Homem em um corpo novo e glorioso em que Ele finalmente iria reinar sobre a terra para sempre. E muito, muito mais.
Há toda uma teologia da ressurreição e seus resultados em 1 Coríntios 15. Aqui vai um resumo. Que cada um destes penetre. Saboreie cada um. Em seguida, inicie a sua nova semana (o resto da sua vida) abundantes na obra de Deus lhe chama, ” sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
1. Cristo morreu por nós e ressuscitou.
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Coríntios 15:3-4)
2. Ele confirmou a sua ressurreição por grandes aparições públicas.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.. (1 Coríntios 15:6)
3. Porque Cristo ressuscitou, nós não ainda permanecemos em nossos pecados.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. (1 Coríntios 15:17)
4. Porque Cristo ressuscitou, nossas vida cheias de aflições não são lamentáveis.
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (1 Coríntios 15:19)
5. Nós que confiamos em Cristo seremos ressuscitados dentre os mortos na segunda vinda de Cristo.
Porque, assim como todos [sua posteridade] morrem em Adão, assim também todos [sua posteridade] serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. (1 Coríntios 15:22-23)
6. Cristo reina agora invencivelmente sobre o universo.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. (1 Coríntios 15:25-26)
7. O nosso corpo ressurreto será incorruptível, glorioso, poderoso e espiritual.
Semeia-se o corpo [o nosso corpo da ressurreição] em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. (1 Coríntios 15:42-44)
8. Vivos ou mortos, nos serão dadod novos corpos em um instante na vinda de Cristo.
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15:51-52)
9. A morte não tem mais seu aguilhão e será tragada na vitória.
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? (1 Coríntios 15:54-55)
10. Cristo sofreu pelo pecado e satisfez a lei por nós.
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:56-57)
11. Portanto, faça uma grande quantidade de obras que exalte a Cristo, porque nenhuma é em vão.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (1 Coríntios 15:58)
Dê valor ao sacrifício de Jesus não somente na época da Páscoa. Viva por amor de Cristo todos os dias. Tenha desejo de estar mais próximo de Deus e experimentar Sua presença. Ele morrer e ressuscitou por amor a você!

