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terça-feira, 30 de abril de 2024

PF faz varredura em 28 malotes de provas contra envolvidos na Fazendas de Lama

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17/05/2016 22h59 – Atualizado em 17/05/2016 22h59

Documentos foram apreendidos em Campo Grande

Fonte: Guilherme Cavalcante, Catarine Sturza e Alexandro Barbosa/Midiamax

A Polícia Federal iniciou a análise e perícia da documentação apreendida na Operação Fazendas de Lama, 2ª fase das investigações da Lama Asfáltica, que investiga fraude em licitações no governo de Mato Grosso do Sul, durante a gestão de André Puccinelli. A operação resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras Edson Giroto, o dono da empreiteira Proteco, João Amorim, além de mais 13 pessoas. Houve também, busca e apreeensão na casa do ex-governador André Puccinelli (PMDB).

Por ser uma etapa demorada e criteriosa, a informação é que não há prazo determinado para que as informações decorrentes da investigação sejam divulgadas. De acordo com a PF, a triagem para separar o material terminou apenas nesta terça-feira, resultando em 28 malotes, com os documentos apreendidos em Campo Grande, e dezenas de caixas com documentos de Presidente Prudente e Tanabi, ambas de São Paulo, e de Maringá e Curitiba, do Paraná. Os arquivos foram ensacados e encaminhado para o Setec (Setor Tecnológico e Científico), onde serão feitos os laudos periciais. O dinheiro apreendido – R$ 475 mil e 50 mil dólares em espécie – foi depositado na conta da Justiça Federal.

Outro fator que também impede a veiculação de mais informações por parte da PF é que o imquérito segue em segredo de justiça. De acordo com o apurado pelo Jornal Midiamax, somente o inquérito é estimado em mais de 3 mil páginas, de acordo com o DVD de 3 gigabites entregue aos advogados das 15 pessoas presas durante a ação policial.

Ao todo, 15 pessoas foram presas na operação realizada em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União) e com a Receita Federal, que apura procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

Apreensões

Já foram apreendidos R$ 475 mil em espécie e mais 50 mil dólares, durante ação em Campo Grande e São Paulo. Também foram bloqueados pouco mais de R$ 43 milhões em bens de 24 pessoas, além da apreensão de dois aviões: um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird. Na residência dos acusados também foi encontrado US$ 10 mil em espécie e um montante em real que ainda está sendo contabilizado pelos agentes da Polícia Federal.

A operação envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal e cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias.

Prisões

Foram presos 15 pessoas durante a operação, dentre elas o ex-deputado federal e ex-secretário de obras do Estado, Edson Giroto, e o empresário João Amorim, que já estão no Complexo Penal de Campo Grande. A esposa de Giroto, Rachel Giroto, bem como Elza Cristina Araújo, secretária e sócia de João Amorim, também foram presas, mas em regime de prisão domiciliar. O ex-governador André Puccinelli (PMDB) também prestou depoimento à Polícia Federal após mandado de busca e apreensão em seu apartamento, em Campo Grande.

Confira a lista dos nomes presos nesta fase da operação Lama Asfáltica: Edson Giroto, André Luis Cance, João Amorim, Flavio Henrique Garcia, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto, Rachel Giroto, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, Mariane Mariano de Oliveira, Ana Cristina Pereira da Silva, Maria Casanova, Helio Yudi Komiama, Evaldo Furrer Matos e Elza Cristina Araujo.

Triagem resultou em 28 malotes de Campo Grande e dezenas de caixas com documentos /  Foto: Divulgação

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