08/03/2017 08h49
Brasil não registra nenhum caso da doença há uma década
Fonte: Uagro
O Estado de Goiás sediará, entre os dias 03 e 07 de abril, a reunião anual da Comissão Sul-Americana de Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa), na cidade de Pirenópolis. No encontro, serão discutidas as alternativas para retirada da vacinação contra a febre aftosa no Brasil.
Segundo Sebastião Guedes, presidente do Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (GIEFA) e vice-presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), existem duas possibilidades viáveis: a retirada por Estados, em bloco; ou por faixa etária dos animais. Neste caso, os bezerros seriam vacinados aos 60 e 90 dias e depois de seis em seis meses até se completar o total de cinco doses (630 dias).
“Nos animais que vão para o abate não há mais necessidade de vacinar após a quinta dose. Nas vacas leiteiras, de cria ou elite, touros e animais de custeio, bastaria vacinar apenas uma vez por ano após os dois anos de idade”, afirma.
Na opinião de Guedes, não há justificativa epidemiológica para a manutenção da obrigatoriedade da vacinação. “O PANAFTOSA diz que após quatro anos sem focos pode-se prescindir da vacinação”, afirma o vice-presidente do CNPC, referindo-se ao Centro Panamericano de Febre Aftosa (PANAFTOSA), referência no assunto. No Brasil, a doença não é registrada há mais de uma década. Apenas o Estado de Santa Catarina é considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como área livre da doença sem vacinação, status alcançado em 2000.
