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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Escolas e outros segmentos de Amambai param atividades nesta quarta (15)

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14/03/2017 19h35

Trabalhadores da Educação e rurais, comunidade indígena e agentes penitenciários prometem estarem juntos na luta contra a Reforma da Previdência. Atividades se concentram na praça Cel. Valêncio de Brum, a partir das 8 horas.

Fonte: Redação

A Reforma da Previdência, proposta pelo governo de Michel Temer, é o mais duro golpe aos direitos constitucionais dos trabalhadores. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287/16 vai contribuir com o aumento das desigualdades no Brasil e em pouco tempo teremos um país com alguns ricos e milhões de pobres.

A avaliação é de diversas organizações sindicais, entre elas, a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação – de Amambai, CUT – Central Única dos Trabalhadores.

Protestando contra a reforma da previdência, trabalhadores de diversas categorias de todo o país param suas atividades a partir desta quarta-feira (15). Segundo a CNTE, a greve é por tempo indeterminado. No dia 25 deste mês, em Brasília, será feita uma avaliação pela coordenação geral da greve (direção da CNTE mais um representante de cada entidade filiada) para decidir as próximas ações a serem tomadas.

Amambai

Em Amambai, os trabalhadores também se organizaram e a expectativa é que o movimento grevista sensibilize a sociedade e tenha adesão de diferentes segmentos.

Os trabalhadores da Educação – professores e servidores administrativos das escolas -, através do Simted, puxam a organização do movimento. A expectativa do sindicato e das lideranças das escolas é que todas as unidades escolares, tanto da rede municipal como da estadual, paralisem suas atividades.

Também os trabalhadores rurais, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Amambai, e os agentes penitenciários estão sendo prometendo paralisar suas atividades laborais.

A comunidade indígena da aldeia Amambai informou que estará presente na manifestação. Eles prometem interromper o trânsito na rodovia MS 356, que atravessa a área indígena, como forma de chamar a atenção de todos para a conjuntura desfavorável a todos os cidadãos brasileiros. “Quero avisar que nós da comunidade indígena iremos fechar a rodovia amanhã, em prol a paralisação, não iremos à praça (…) mas estaremos mobilizados na BR amanhã”, explicou o professor de Biologia, Duadino Martines. E quem quiser somar a nós, continua, sinta se convidado.

Junto com os trabalhadores da Educação, estão também os alunos e seus pais, que estão sendo esperados na praça central da cidade para manifestarem-se contra a reforma da previdência.

Programação

A partir das 8 horas, inicia o movimento. Um grupo concentrado no Simted percorrerá a avenida Pedro Manvailer para se encontrar com outro que estará na praça Cel. Valêncio de Brum. Neste local, acontece a programação do dia. Haverá intervenções, manifestações, roda de debate, dramatizações e leitura de textos.

Durante todo o dia, os manifestam realizam atividades para esclarecer sobre as lutas e sensibilizar a comunidade. A previsão é que o movimento grevista dure pelo menos três dias, quarta-feira (15), quinta-feira (16) e sexta-feira (17). Após essa data, será feita avaliação e tomada decisão sobre sua continuidade.

Veja mais

CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação
Quarenta e nove entidades filiadas à CNTE aderem à Greve Geral

CUT – Central Única dos Trabalhadores
É amanhã! Dia 15 vamos às ruas defender a aposentadoria

Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Boletim de conjuntura do Dieese

Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul
Na luta contra a Reforma da Previdência!

Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação – de Amambai
Trabalhadores da Educação em Amambai confirmam participação em greve nacional, dia 15

Saiba mais sobre a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal

A Reforma da Previdência pretende acabar com a aposentadoria especial do magistério tanto para os novos concursados como para quem tem menos de 45 anos, no caso de professoras, e menos de 50 anos, no caso de professores. Isso significa que quase 70% da categoria dos profissionais do magistério, em efetivo trabalho na docência, deixarão de ter direito à aposentadoria especial, sendo 66,48% de professoras (1.164.254) e 82,09% de professores (357.871) que se encontram abaixo da linha de corte.

A reforma traz outros prejuízos como o aumento da idade mínima para aposentadoria, que será de 65 anos para homens e mulheres, além da exigência de 49 anos de contribuição para ambos os sexos a fim de alcançar o teto remuneratório máximo no serviço público e na iniciativa privada, que será de R$ 5.531,31 neste ano.

Piso salarial da Educação

O novo valor do piso salarial foi anunciado pelo governo no dia 12 de janeiro e passou de R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. Para a CNTE, o valor do piso é insatisfatório, mas ainda é necessário lutar pela implementação desse pagamento aos profissionais em todos os estados e municípios do Brasil.

De acordo com dados do Ministério da Educação, apenas 44,9% dos municípios brasileiros pagaram o piso em 2016 e 38,4% cumpriram a jornada extraclasse. Levantamento da CNTE nas redes estaduais indicou que o piso foi aplicado integralmente em 14 estados, proporcionalmente em cinco e desrespeitado em oito. Com relação à hora-atividade, oito estados ainda não a cumprem.

Estudos da assessoria do Ministério da Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) -2012, revelam que os profissionais do magistério com formação de nível superior possuem renda média 35% inferior à dos demais profissionais não professores.

A Confederação conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Frente Brasil Popular, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), entre outras entidades.

Escolas e outros segmentos de Amambai param atividades nesta quarta (15)

Cerca de 200 trabalhadores aprovaram por unaminidade a participação na greve / Foto: Moreira Produções

a Presidente e a vice do Simted de Amambai, Olga Mariano (D) e Marly Charão.

Escolas e outros segmentos de Amambai param atividades nesta quarta (15)

Escolas e outros segmentos de Amambai param atividades nesta quarta (15)

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