29/06/2017 21h44
O Hastings Brasilfest aconteceu em espaço aberto, em período vespertino e com acesso gratuito de um público de mais de 1.000 pessoas.
Fonte: Redação
A saudade dos amigos e da família, a pouca predominância da natureza e a ausência de espaços físicos nas cidades são queixas de quem deixa seu país natal e se aventura em terras estrangeiras. Esta é a opinião da psicoterapeuta Leila Newman, 51 anos, ex-moradora de Amambai e há 27 anos morando na Inglaterra, na cidade de Hastings, ao sul do país inglês.
Para compensar este ônus de morar no exterior – claro, tem o bônus que, para ela, é a segurança, a possibilidade viável de um planejamento familiar e pessoal e o sossego de uma vida mais estável – Leila e amigos criaram um evento para apresentar e difundir a cultura brasileira: o Hastings Brasilfest.
A primeira edição formal do evento aconteceu em 10 de junho, uma edição informal já havia sido realizada ano passado. A formalização da iniciativa se deu com a fundação da Organização Não Governamental (ONG) Ocabrazoka.
A instituição, criada em janeiro deste ano, tem o objetivo de divulgar a cultura brasileira e trabalhar com a inclusão das comunidades – brasileira, inglesa e as outras que residem na cidade de Hastings.
Minha intenção, conta Leila, é mostrar, divulgar e dividir um Brasil que os estrangeiros não conhecem, que não é só samba e carnaval, desmistificando a vulgaridade do corpo exposto normalmente associada às festas brasileiras.
O Hastings Brasilfest
O Hastings Brasilfest aconteceu em espaço aberto, em período vespertino e com acesso gratuito de um público de mais de 1.000 pessoas de Hastings e da região – a cidade fica a cerca de 100 km de Londres. Na linha de frente da organização, junto com Leila, estiveram Maurício Vincenzi e Emmanuel (Dendê).
O apoio governamental da prefeitura local foi fundamental para garantir a realização do evento. Através do setor de Arte e Cultura da prefeitura de Hastings, foi disponibilizado para a ONG recurso financeiro utilizado no custeio das despesas com os artistas, som, palco e seguranças. O envolvimento de mais de duas dezenas de voluntários, todos associados da Ocabrazoka, também avalizou o sucesso da iniciativa.
“O Ocabrazoka foi um sucesso; através do evento eu me sinto mais perto da minha cultura, estou mais feliz sabendo que minha família, minhas crianças estão aprendendo e vivendo a cultura brasileira; não só eu como outras pessoas também relataram o mesmo sentimento”, avaliou Leila.
Programação do evento
A programação do festival contou com momentos bem definidos pela equipe de organização. O primeiro constou de oficinas de arte e de percussão; em seguida teve uma roda de capoeira com exposição simultânea dos trabalhos das oficinas; depois vieram as apresentações de música e de dança. Ao final das apresentações, público e artistas interagiram cantando e dançando. Encerrando o Hastings Brasilfest 2017, teve ainda projeção de filmes Super 8. A culinária brasileira também foi prestigiada com o oferecimento de comidas típicas e tradicionais do Brasil.
As oficinas – arte e cultura e a da capoeira – foram um sucesso, cerca de 300 pessoas participaram. Na oficina de Arte e Cultura, foram criados adornos e vestimentas indígenas; no local também tinha exposição de ilustrações do dia a dia de povos brasileiros indígenas. A produção desta oficina foi apresentada ao restante do público.
A meta da Ocabrazoka é realizar anualmente o evento.
A ONG também se preocupa com a questão social e possui um espaço onde os associados recebem a comunidade e oferecem comida brasileira e atividades – capoeira e percussão. A intenção é fazer também sessões de musicoterapia.



-
Content section component
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-