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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Preso no Paraguai, Pavão foi avisado sobre buscas da polícia em cadeia

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29/09/2017 19h09

Advogada de narcotraficante brasileiro confirmou ter sido avisada sobre buscas feitas ontem em celas de outros presos, suspeitos de ajudar Pavão a negociar remessas de cocaína

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados/CG News

O narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, atualmente o maior fornecedor da cocaína boliviana para o Brasil, Europa e África, foi avisado sobre as buscas feitas na manhã de quinta-feira (28) no quartel da Agrupación Especializada, grupo de elite da Polícia Nacional em Assunção, capital do Paraguai. De acordo com o jornal ABC Color, as buscas em celas de presos paraguaios e brasileiros que estão na mesma cadeia, evidenciam a rede de informantes que o narcotraficante mantém no país vizinho.

Laura Casuso, advogada de Pavão, foi uma das primeiras a chegar ao quartel do grupo de elite, “primeiro que muitos policiais, quando sequer tinha amanhecido”, afirmam fontes ouvidas pelo ABC Color. A própria advogada confirmou ter “informantes em todas as áreas”.

Recentemente, Laura acusou o presidente paraguaio Horácio Cartes de agir com crueldade contra seu cliente, para tentar intimidá-lo. No ano passado, Pavão disse que se fosse extraditado iria divulgar documentos que provariam a corrupção envolvendo o atual governo do Paraguai. “Não se pode tapar o sol com um dedo”, afirmou Laura Casuso.

Jarvis Pavão está preso na unidade desde julho do ano passado, após o governo descobrir um plano para resgatá-lo do presídio de Tacumbú, onde o brasileiro vivia com luxo e mordomia. Segundo o jornal, o mais influente do Paraguai, o narcotraficante teria sido informado das “buscas surpresas” na noite de quarta-feira (27).

Não era alvo – O Ministério Público e a Polícia Nacional, no entanto, alegam que a cela de Pavão não seria alvo das buscas. O promotor Hugo Volpe disse que a ordem judicial era destinada às celas do assaltante paraguaio Sergio Daniel Ramírez Aguilar, do ex-militar Arnaldo Aniano Martínez Riquelme, do pistoleiro Reinaldo de Araújo e dos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) Rodrigo Zapata, Thiago Ximenes, Valdecir Goncalves e Héctor Aruello.

Entretanto, segundo fontes da polícia paraguaia, desde o início a suspeita era de que o alvo das buscas seria o narcotraficante, que mesmo atrás das grades continua comandando a remessa de carregamentos de cocaína para o Brasil. Dois pedidos de extradição feitos pela Justiça brasileira já foram aceitos pela Justiça paraguaia e Pavão deve ser extraditado em dezembro deste ano.

Os sete detentos cujas celas foram visitadas ontem operavam para o “capo” brasileiro, ajudando-o a planejar novos golpes. Desde agosto deste ano a polícia paraguaia teme uma operação para resgatar Pavão da cadeia.

Laura Casuso, advogada de Pavão, chega ao presídio durante buscas / Foto: ABC Color

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