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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Kuña Mbaerete promove geração de renda para mulheres da aldeia Limão Verde

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24/11/2018 08h44

Fonte: Redação

Amambai (MS)- “Depois que conheci o projeto, a minha vida mudou e pude realizar um sonho antigo: costurar. Elas me deram oportunidade e agora eu costuro de tudo um pouco e ainda ganho com isso”, este é o relato da dona Damiana de Souza. Ela tem 53 anos e é uma das mulheres indígenas assistidas pelo projeto Kuña Mbaerete, desenvolvido há cinco anos pela Associação de Mães de Amambai (AMA), na aldeia Limão Verde, em Amambai.

Kuña Mbaerete no Guarani significa mulher forte ou mulher guerreira. O nome tem tudo a ver com as cerca de 30 mulheres que fazem parte do projeto. Elas dispõe de tempo e vontade para aprender e recomeçar, tendo a oportunidade de ter uma profissão.

A Associação de Mães de Amambai oferece a essas mulheres, que antes tinham dedicação exclusiva aos cuidados da família ou colaboração com as atividades do marido no cultivo de hortaliças, o espaço para o empreendedorismo, novas expectativas e a possibilidade de autonomia financeira com a confecção de artesanatos.

Inúmeros produtos são confeccionados por elas como tapetes de crochê e de retalhos, colchas de retalhos, cobertores e artesanatos indígenas, como colares, brincos e cestos de folhas de bananeira. Os materiais são arrecadados através de doações, mas também comprados pela AMA.

“O foco da produção é para a própria família, por isso ensinamos a fazer roupas, colchas, isso para que eles mesmos possam usar os produtos, mas como elas se empenham e produzem bastante, acabam vendendo por toda a aldeia e até na cidade”, contou uma das idealizadoras do projeto, Vilma Selhorst.

As reuniões acontecem duas vezes por semana no quiosque que existe na aldeia. Em certas reuniões, a diretoria ainda ministra curso de culinária, onde as mulheres indígenas aprendem a fazer pães, bolos e produtos derivados da mandioca, entre outras delícias.

Para fazer parte do Kuñ Mbaerete, segundo a presidente, Lourdes Klein, o único investimento que a associada faz é o seu tempo e dedicação. Não é cobrada nenhuma taxa das participantes, mas elas precisam mostrar todos os trabalhos concluídos.

Projeto recebe apoio do FIC

Em 2018, após cinco anos na atividade, o Kuña Mbaerete recebeu o apoio do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), da Fundação de Cultura do Estado , que tem como princípio prestar apoio financeiro a projetos culturais da comunidade, fomentando o mercado artístico e diminuindo a distância do público com as mais diversas manifestações, tradições e valores da cultura.

Na última quarta-feira (21), foram entregues as camisetas confeccionadas pelo FIC. Cada uma da participantes e de seus filhos receberam para poder divulgar o projeto.

Cerca de 30 mulheres são atendidas pelo projeto / Foto: Moreira Produções

Damiana tem 53 anos e participa desde o seu início, há 5 anos / Foto: Moreira Produções

Lourdes Klein e Vilma Selhorst, duas idealizadoras do projeto / Foto: Moreira Produções

Kuña Mbaerete promove geração de renda para mulheres da aldeia Limão Verde

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