18/10/2019 21h42
Projeto de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em gado leiteiro está sendo desenvolvido pela secretaria municipal de Agricultura (Seagri)
Fonte: Redação
Amambai (MS) – Fomentar a produção de leite no município, através da implantação de política pública que apoie e incentive os produtores a melhorarem a genética, a sanidade e o manejo do gado são prioridades nas ações desenvolvidas pela prefeitura, por intermédio da secretaria municipal de Agricultura (Seagri).
Para isso, a secretaria está elaborando a implantação do projeto Inseminação Artificial em Tempo Fixo
(IATF), junto aos produtores rurais do município.
IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo
A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), é uma técnica que promove a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias predeterminados. Desta forma, é possível sincronizar um lote de vacas paridas ou novilhas e inseminá-las todas no mesmo dia, sem a necessidade de observação de cio.
Essa técnica oferece uma excelente oportunidade de aumento da lucratividade na propriedade porque possibilita, além da utilização do sêmen de touros europeus, o incremento genético dos bezerros, a melhoria dos índices reprodutivos, a redução do intervalo entre partos e aumento do número de bezerros nascidos. Com isso, é possível realizar todo o processo de inseminação rápida e organizadamente, também melhorando o manejo das pastagens e racionalizando o uso da mão de obra e das instalações.
PRINCIPAIS VANTAGENS PROPORCIONADAS PELA TÉCNICA:
• DISPENSA A OBSERVAÇÃO DE CIO.
Pesquisas indicam que os métodos tradicionais de detecção de cio raramente conseguem índices de
eficácia acima de 50 a 70%, conseqüentemente, muitas das vacas em cio não são inseminadas, por falha
de detecção. Isto gera aumento da média de intervalo entre partos, aumento do intervalo entre lactações
e diminuição do número de bezerros produzidos por ano, além disso, existem outras falhas como a
inseminação de vacas que não estão em cio, ou que já estão em momento desfavorável, o que provoca
desperdício de sêmen.
• DIMINUI O INTERVALO ENTRE PARTOS.
As vacas leiteiras têm um período de recuperação pós-parto difícil, pois além da recuperação natural do
aparelho genital e corporal, ainda têm a alta produção de leite como agente complicador (balanço
energético negativo), o que pode gerar períodos bastante longos entre o parto e a nova concepção.
• AUMENTA A PRODUÇÃO DE LEITE.
É um efeito reflexo da diminuição do intervalo entre partos, conseqüentemente o período seco do animal
será menor. Numa propriedade onde o IEP é de 18 meses e, hipoteticamente, consegue-se reduzir para 12
meses, temos uma lactação a mais a cada período de 3 anos, ou seja, 50% de aumento de produção
leiteira por ano, só devido ao ganho reprodutivo obtido.
• AUMENTA A PRODUÇÃO DE BEZERROS.
Outro efeito reflexo da diminuição do IEP, teremos uma maior tendência de todas as vacas produzirem um
bezerro ao ano, ao invés de 1 bezerro a cada ano e meio, como é a média nacional, resultados
advindos disso são: maior número de animais para venda ou para reposição no rebanho, levando a um
progresso genético mais rápido e gerando receita a propriedade.
De acordo com médico veterinário, Rafael Martins, um dos responsáveis pelo projeto, o objetivos da administração municipal é proporcionar aos produtores mais conhecimento técnico referente à atividade leiteira. Rafael ressalta que o projeto, se for bem seguido, vai melhorar a genética do plantel e também o status sanitário do plantel de cada propriedade envolvida.
“A intenção da administração municipal é melhorar a qualidade de vida das famílias que desenvolvem a atividade leiteira, através da ampliação da produção que, consequentemente vai melhorar suas rendas, assim como gerar novos empregos”, destaca o médico veterinário.
