28/08/2020 15h30
Fonte: Redação
Amambai (MS)- “A sociedade julga muito, mas na Apae não existe isso; são profissionais com tanto brilho nos olhos que a gente sabe como é querido e o quanto somos bem-vindos ali”, disse Kelly Daiana dos Santos Silva, mãe do aluno da Escola Renascer, Willian dos Santos Barbosa.
Willian foi diagnosticado, aos 4 anos, como autista de grau leve e desde então é aluno da escola mantida pela Apae no município de Amambai. O processo entre a constatação de que o filho era especial até a sua matrícula na escola voltada para os alunos especiais foi muito doloroso para a mãe e marcado por momentos de negação e até mesmo preconceito.
Kelly teve uma gravidez com muitas complicações e após o nascimento, a mãe passou a perceber pequenos sinais de que Willian não evoluía como as outras crianças, apesar disso e da medicação controlada, o laudo só veio no 4º ano de idade. “Eu e o pai do Willian vendemos tudo que tínhamos para tratar o nosso filho, procuramos neurologistas, fizemos os mais variados exames, mas o laudo só veio quando ele tinha 4 aninhos”, explicou.
Com o laudo em mãos, a família decidiu ainda mantê-lo estudando em uma escola regular. A mãe avalia que essa decisão tenha sido motivada pelo preconceito. “Mesmo não admitindo, eu tinha muito preconceito, eu imaginava que a Apae era uma escola só para crianças com muito mais dificuldades que meu filho e por isso protelei (…) mas um dia eu decidi colocá-lo lá e tudo mudou”, lembra a mãe.
Um dos médicos procurados pela mãe disse que Willian iria retardar todo o seu cognitivo até ficar vegetativo, o que foi um baque muito forte para toda a família.
Com o apoio da Apae, Willian se desenvolve dia após dia e por isso, sua mãe fica toda emocionada ao falar da escola que tanto os acolheu.
“Só Deus sabe o quanto eu e minha família sofremos antes de encontrar a Apae, nós fomos tão acolhidos lá e todos os profissionais nos deram toda a força e o suporte necessário”, disse emocionada.
Willian
Willian é o mais velho dos três filhos de Kelly. Além de carinhoso, ele ama dançar, cantar, desenhar e interagir com a família, ainda mais com os irmãos e com padrasto, Rogério Martins, com quem tem uma relação muito especial.
“Ele me ensina muito a cada coisa que ele fala, é sem dúvida, o meu maior tesouro”, finaliza a mãe.
