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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Gerente local da Sanesul fala sobre a falta d’água em Amambai

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07/10/2020 14h45

O município conta com 9.950 unidades consumidoras de água e 8 poços profundos que captam entre 4 e 5 milhões de litros de água por dia. Esse montante não tem sido suficiente para esses dias de calor intenso.

Fonte: Redação

Amambai (MS)- Não é novidade para ninguém que o município de Amambai, assim como grande parte do Brasil está passando por um momento de intensa estiagem. Tal período demanda muito cuidado, principalmente quanto ao consumo consciente de água, fato que não está acontecendo em Amambai, de acordo com o gerente local da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), Silvaney Felix.

Com o calor acima dos 40ºC dos últimos dias, os amambaienses passaram a consumir muito mais água do que os reservatórios conseguem captar. De acordo com Silvaney, diariamente os 8 poços profundos do município fazem a captação de 4 a 5 milhões de litros de água. Em um período normal, esse montante é suficiente para o abastecimento de toda cidade, já agora, com o aumento do consumo, toda essa quantidade não está suprindo a demanda e os poços não conseguem captar mais.

Esse consumo excessivo de água é caracterizado pelo aumento no número de banhos diários, o uso de piscinas de pequeno porte, cuja água é trocada quase que diariamente, lavagem de carros e calçadas, banhos de mangueira, etc.

“Nós entendemos que está sim muito calor, mas pedimos que a nossa população tenha empatia porque se um gastar muito, o outro pode ficar sem nada”, explicou Silvaney.

Dois sistemas de abastecimento

Em entrevista ao jornal eletrônico Amambai Notícias, o gerente explicou que no município existem duas formas de abastecimento: por gravidade e por bombeamento.

O sistema de abastecimento por gravidade abastece a maior parte da cidade e é realizado, como o próprio nome diz, pela força gravitacional, ou seja, assim que os reservatórios se enchem, automaticamente inicia a distribuição para as áreas baixas da cidade, onde a água chega somente com pressão existente na tubulação.

Já na parte mais alta do município, como nas vilas Cristina, Doriane, Monte Cristo, Planalto, essa água não consegue chegar com a força gravitacional e por isso, é usado o sistema de bombeamento.

Com o consumo rápido e elevado de água dos últimos dias, ao distribuir pela área baixa do município, a água que resta na tubulação não é suficiente para o bombeamento e por isso acontece dessas vilas ficarem com o seu abastecimento interrompido.

“Infelizmente, as pessoas pensam que é algo pessoal, mas não é assim! Não sou eu e não é a Sanesul que não quer distribuir água para essas vilas, o que acontece é justamente isso: com o consumo elevado, a quantidade de água que resta na tubulação, não é suficiente para chegar até a rede da parte alta”, disse ele.

Para tentar resolver este problema, a Sanesul de Amambai recebeu visitas técnicas de um pessoal da capital para estudar a situação e encontrar, o mais rápido possível, uma forma de mudar essa situação. E os técnicos locais da empresa em Amambai trabalham inclusive durante toda a noite verificando os poços a fim de evitar que qualquer um deles apresente qualquer tipo de falha e gere ainda mais escassez de água.

A saída para o problema é o consumo consciente

Para minimizar esse problema é necessário que haja conscientização por parte da população amambaiense. Amambai tem 9.950 pontos consumidores. Nesse período de intensa estiagem, evite usar água potável para lavar o carro, a calçada, molhar as plantas, encher piscinas, entre outras atitudes que possam contribuir para amenizar o problema.

Silvaney trabalha na Sanesul há 17 anos e há 4, atua em Amambai / Foto: Moreira Produções

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