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sábado, 7 de dezembro de 2024

Tá na pauta de hoje: Histórico (sucinto) das comunidades indígenas e Museu José Alves Cavalheiro

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Redes de ensino negligenciam informações sobre comunidades indígenas

Não está, como nunca esteve, na grade curricular das escolas das redes estadual e municipal de Amambai, o histórico das comunidades indígenas que vivem nas três aldeias na área territorial do antigo Patrimônio. Com isso, boa parte dos 40 mil habitantes do município não sabem como ocorreu o povoamento das etnias Guarani Kaiowá.

Perseguindo o propósito de oferecer informações, a coluna publica sinopses das três comunidades indígenas do município – aldeias Amambai, Limão Verde e Jaguari.

Criação das aldeias

A partir do início do século 20, houve a realocação de indígenas em reservas criadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que foi substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em 1967.

No território de Mato Grosso do Sul, que ainda não tinha se separado de Mato Grosso, foram criadas oito reservas indígenas com 3.600 hectares cada: Reserva Dourados, na cidade de mesmo nome; Amambai e Limão Verde, em Amambai; Pirajuí, em Paranhos; Porto Lindo, em JaporãCaarapó, na cidade homônima; Taquaperi, em Coronel Sapucaia e Sassoró, em Tacuru.

(Fonte: Cimi)

Aldeia Amambai

Criada em 1915 pelo Serviço de Proteção ao índio (SPI).

Área: 2.429ha

População: 8.578 moradores

Produção: roças com agricultura de subsistências, plantio de alimentos para consumo próprio, mandioca, batata, aboboras, bananas entre outras

Aldeia Limão Verde

Área: 605ha

Criada em 1928

População: 2.331 moradores

Produção: a maior parte das terras são impróprias para o cultivo de roças. Pequena parte da comunidade faz o plantio de mandioca que geralmente não produz em quantidade e qualidade pois a terra precisa de adubação. 

Aldeia Jaguari

Área: 405ha

Criada em 1993

Moradores: 414 moradores

Produção: suas terras são boas para a agricultura, porém falta assistência para atender as famílias com a preparação do solo, aquisição de sementes e orientação de um técnico agrícola

Políticas Públicas nos cenários federal, estadual e municipal

As comunidades indígenas apresentam, como principais necessidades, a realização de investimentos nas áreas da saúde, produção de alimentos e no abastecimento de água.

(Fonte: IBGE)

Você sabe oque os candidatos propõem para as comunidades indígenas?

Há cinco meses das eleições para escolha de prefeito, vice-prefeito e vereadores no município, período que as pré-candidaturas estão elaborando seus planos de governo, as políticas públicas para atender as comunidades indígenas, que são cerca de 28% da população amambaiense, ainda não são de conhecimento público.

Criação de Ministério e Secretaria Municipal para Assuntos Indígenas é comemorada por lideranças

As iniciativas do governo Federal em criar o Ministério dos Povos Indígenas e da prefeitura de Amambai instalar a secretaria municipal para Assuntos Indígenas representam reconhecimento do presidente da República e do prefeito Dr. Bandeira da representação indígena na definição de políticas públicas junto as comunidades.

Para assumir o ministério, foi nomeada pelo presidente Lula a ativista indígena e deputada federal por São Paulo, Sonia Guajajara. Para assumir a secretaria municipal de Assuntos Indígenas, o prefeito de Amambai, Dr. Bandeira, nomeou o engenheiro ambiental, Zenaldo Moreira. Zenaldo é o primeiro indígena de Mato Grosso do Sul a formar-se em Engenharia Ambiental, em 2015.

Merece destaque pavimentação na aldeia Amambai

Aldeia Amambai é a primeira comunidade indígena do Brasil a receber estrada asfaltada. As obras de pavimentação, drenagem e meio-fio foram executadas na estrada Invernada I, que dá acesso a localidade. Os recursos nas obras são oriundos dos cofres do município. 

Boa notícia para a cultura de Amambai

Novas salas serão implantadas no Museu Jose Alves Cavalheiro. A solenidade de inauguração dos novos espaços acontece na próxima segunda-feira, 29, às 19h30. 

Fundado em 1997, o Museu de Amambai José Alves Cavalheiro foi restaurado e salas foram readaptadas e inseridas no espaço.

Com recursos do Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo, foram adquiridas cadeiras e ar condicionado para obra de readaptação, com projeto de engenharia, que possibilitou a instalação de uma sala de cinema, denominada Cine Rural João Fouseck.

Também foram criados o Centro Regional de Documentos Históricos Cornelia Dourisboure, a Mapoteca Antônio Delgado Martinez, a Hemeroteca Nilo Luiz de Oliveira e o Centro de Memória Fotográfica Nicanor Alves.

O investimento foi de R$ 43.000,00, recursos já esgotados. Para seguir com o projeto e finalizar as obras, a direção do Museu está oferecendo espaços publicitários para empresas do município divulgarem seus produtos e serviços.

Por

José Luiz Nunes Moreira

DRT/RS 5759-21/100

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