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domingo, 27 de julho de 2025

Um café, um colo e muitas memórias: feliz dia dos avós

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Fui criada pelos meus avós.
Eles são a base mais importante da minha vida — minha raiz, meu alicerce.
Com eles vivi histórias que carrego no peito, recebi colo que acalmava tudo, aprendi lições que nenhuma escola ensina. E sim, levei umas broncas e puxões de orelha também… porque a gente às vezes extrapola, né?

Cresci vendo meus avós trabalharem e cuidarem da gente com dedicação.
Não sou a melhor com memória, mas tem coisa que a alma não esquece:
Lembro de acordar cedo e ir com meu avô para o curral tirar leite.
Lembro da minha vó fazendo queijo — essa parte, confesso, me traumatizou um pouco com queijo (lavar vasilha com cheiro de leite azedo não foi fácil!).
Lembro deles cuidando dos bixim, da horta, da grama, das pessoas ao redor…
E, acima de tudo, zelando pela família.

Minha vó é uma mulher forte e direta — nunca foi muito de “florear” as palavras, mas demonstra amor no jeito que cuida. E como cuida… das pessoas, das plantas, da comida.
É com carinho que ela alimenta o corpo e a alma de quem chega. É seu jeito de amar.

Meu avô… ah, meu avô tem mãos que falam com a viola.
Tocava com perfeição divina. E mesmo depois de tantas idas e vindas da saúde, aquele talento nunca foi embora.
Dias atrás, vi ele quietinho na varanda, com o violão no colo.
E como se o tempo tivesse parado por alguns minutos, ele dedilhou uma canção.
Fiquei encantada.
Ele, tímido, disse que já não sabia mais tocar…
Mas eu sabia que ali estava o som do tempo, da memória, do amor que não envelhece.

Nem tudo foram rosas, mas nas minhas lembranças, foram as rosas que ficaram.

Hoje, mesmo morando na cidade, a casinha deles continua sendo um pedacinho do campo.
É o lugar onde os filhos, netos — e agora os bisnetos — se ajuntam com risadas e cheirinho de comida boa.
É onde o fogão a lenha aquece a cozinha e o coração.
Onde o cafézinho do vô Mário é feito na hora.
Onde o pão de queijo da Dona Maria arranca suspiros (misericórdia, que trem bão!).

Apesar da correria do dia a dia, a casa deles continua sendo meu refúgio.
Abraço de carinho, colo de casa.

Hoje é Dia dos Avós, e tudo o que eu queria era deixar meus sentimentos, minhas lembranças e meu carinho registrados.
Sou imensamente grata por tê-los em minha vida.
Sou ainda mais feliz por ver meu filho tendo a chance de conhecer e conviver com os bisavós.
E deixo aqui também um puxão de orelha para mim mesma: preciso visitá-los com mais frequência.

Aos que já perderam seus avós, deixo meu abraço apertado.
Aos que ainda os têm por perto: tirem um tempinho pra estar com eles.
Porque o tempo voa, e o que levamos dessa vida são justamente esses momentos que viram eternidade dentro da gente.

Fonte: Nádia Rocha/Redação Amambai Notícias

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