Criar um negócio é o sonho de muitos empreendedores. No Brasil, as PMEs, Pequenas e Médias Empresas, representam a maior parte do setor privado, impulsionando a economia do país. Contudo, para que a empresa cresça de forma sustentável e alcance o sucesso, é essencial que os gestores saibam como montar um plano estratégico.
Muitos empreendedores veem o planejamento estratégico como algo complexo e distante da realidade de pequenas e médias empresas. Na verdade, trata-se de um guia fundamental para direcionar os esforços e recursos do negócio, garantindo que todas as ações contribuam para um objetivo comum.
Sem um bom planejamento, a empresa corre o risco de tomar decisões precipitadas e desperdiçar tempo e dinheiro, resultando em um crescimento desorganizado ou até mesmo na falência.
Uma pesquisa segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revela um cenário preocupante: 73% das PMEs brasileiras enfrentam estagnação, o que reforça a urgência de retomar o crescimento. Nesse contexto, o planejamento estratégico emerge como a principal ferramenta para reverter esse quadro e traçar um caminho claro para o futuro do negócio.
O que é e por que fazer um plano estratégico?
O plano estratégico é um documento que define a visão, a missão e os valores da empresa. Ele também estabelece os objetivos de curto, médio e longo prazo, além de detalhar as estratégias e ações necessárias para alcançá-los.
Para as PMEs, essa ferramenta é especialmente importante, pois ajuda a otimizar recursos, identificar oportunidades, antecipar riscos e manter a equipe alinhada.
Passo a passo para montar um plano estratégico eficiente
1. Diagnóstico do negócio (Análise SWOT)
O primeiro passo é fazer uma análise completa do seu negócio. A Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) é a ferramenta ideal para isso.
Nela, você avalia os pontos fortes e fracos internos da empresa como a qualidade do produto, a reputação da marca ou a falta de capital de giro e as oportunidades e ameaças externas como novos concorrentes, mudanças na legislação ou tendências de mercado.
2. Definição de objetivos claros
Com a análise SWOT em mãos, é hora de definir onde a empresa quer chegar. Os objetivos devem ser SMART: Específicos, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e com Prazo definido. Em vez de “aumentar as vendas”, defina “aumentar as vendas em 15% até o final do ano”.
Veja o que o Arthur Inácio, gerente financeiro da CashMe, diz:
“Um dos maiores erros que vemos em pequenas e médias empresas é a falta de clareza nos objetivos. Quando a meta é vaga, fica impossível medir o progresso e motivar a equipe. A definição de objetivos SMART é o que transforma o desejo de crescer em um plano de ação concreto e mensurável.”
3. Planejamento das estratégias e ações
Com os objetivos definidos, o próximo passo é traçar as estratégias para alcançá-los. Aqui, você deve responder à pergunta: “O que faremos para atingir nossas metas?”. Isso pode envolver estratégias de marketing, otimização de processos, lançamento de novos produtos ou estratégias de melhorias para o desempenho financeiro da sua empresa.
4. Orçamento e recursos
Nenhuma estratégia pode ser implementada sem os recursos necessários. Faça um orçamento detalhado, alocando os recursos financeiros e humanos para cada ação planejada.
É fundamental que as finanças da empresa estejam organizadas, por isso, manter a gestão financeira da sua microempresa em dia é crucial para o sucesso.
A CashMe é uma das maiores empresas de crédito do Brasil e Arthur Inácio, gerente financeiro da CashMe, ressalta que:
“O planejamento financeiro é a espinha dorsal de um bom plano estratégico. Muitos empreendedores subestimam o custo real das suas estratégias e acabam enfrentando problemas de fluxo de caixa. É preciso ter um orçamento realista e, se necessário, buscar soluções de crédito inteligente para garantir a execução do plano sem comprometer a saúde financeira da empresa.”
5. Acompanhamento e avaliação
O plano estratégico não é um documento estático. Ele precisa ser revisado e ajustado regularmente. Estabeleça indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar o progresso e faça reuniões periódicas para avaliar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado. Essa flexibilidade é a chave para adaptar o negócio a novas realidades e garantir que ele continue no caminho certo.
Pilares para sair da estagnação
Para ajudar pequenas e médias empresas a superar a paralisia e retomar o crescimento, uma abordagem focada em cinco áreas-chave é fundamental: a mentalidade do líder, o desempenho operacional, a construção de autoridade no mercado, o aprimoramento das vendas e o estabelecimento de parcerias estratégicas.
Arthur Inácio, gerente financeiro da CashMe, reforça que:
“A simples absorção de novos conceitos não é o bastante, o verdadeiro progresso exige a implementação de ações concretas e a criação de uma rotina disciplinada, orientada por metas bem definidas e passíveis de medição. A superação dos resultados atuais requer uma mudança de perspectiva e a coragem de tomar decisões transformadoras. A inércia frequentemente esconde sinais de alerta, como a queda nos lucros, a perda de negócios promissores, a ausência de um plano claro, a alta rotatividade de funcionários, a falta de uma identidade de marca forte e a desorganização interna.”
Por isso, montar um plano estratégico pode parecer uma tarefa desafiadora, mas é o que diferencia os negócios que sobrevivem e prosperam daqueles que fracassam.
Ao seguir esses passos, sua PME terá uma direção clara, uma equipe engajada e, o mais importante, uma base sólida para crescer e alcançar o sucesso duradouro.