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sábado, 6 de setembro de 2025

Como encontrar seu próprio estilo em uma época de tantas opiniões nas redes sociais

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Vivemos em uma era em que a moda não é mais apenas ditada por passarelas ou revistas especializadas. Hoje, cada scroll nas redes sociais nos apresenta dezenas de opiniões, referências e tendências que mudam em questão de dias. Influenciadores, criadores de conteúdo e até mesmo amigos e conhecidos transformaram seus perfis em vitrines de estilo, gerando uma mistura de inspiração e, ao mesmo tempo, confusão. Afinal, como encontrar um estilo próprio em meio a tantas vozes externas?

Essa é uma questão cada vez mais presente, sobretudo entre os jovens, mas que também atravessa gerações. Se antes o acesso a referências era limitado, hoje ele é praticamente infinito. A grande vantagem é que nunca tivemos tantas opções para nos expressar por meio da roupa. O desafio, por outro lado, é justamente filtrar esse excesso de informações e entender o que realmente faz sentido para a nossa identidade.

O impacto das redes sociais na construção da identidade visual

As redes sociais ampliaram de forma radical a relação das pessoas com a moda. Antes, tendências demoravam meses para se consolidar, mas agora basta um vídeo viral no TikTok para transformar uma peça em fenômeno global. Esse dinamismo é fascinante, mas pode gerar uma sensação de pressão constante para acompanhar o que “todo mundo está usando”.

Não por acaso, muitos especialistas em comportamento têm destacado os efeitos psicológicos desse cenário. A busca por pertencimento, somada à velocidade com que os conteúdos circulam, pode levar à insegurança: será que estou ultrapassado? Será que meu guarda-roupa transmite a imagem que eu gostaria?

O resultado é que, muitas vezes, pessoas que desejam construir seu próprio estilo acabam caindo em armadilhas de copiar referências sem questionar se aquilo realmente dialoga com sua personalidade. Um exemplo recente é a popularização da calça wide leg feminina, peça confortável e versátil que se tornou queridinha nas redes. Embora seja uma ótima opção para diferentes estilos, ela só fará sentido de verdade no guarda-roupa de quem se identifica com o caimento mais solto e com a proposta de modernidade que a peça transmite.

Autenticidade: a chave para se destacar

Quando falamos em estilo pessoal, a palavra autenticidade aparece quase como um mantra. Mas o que significa ser autêntico em um cenário saturado de informações? Em linhas gerais, é conseguir filtrar referências externas, absorver o que realmente dialoga com sua essência e descartar o que não faz sentido.

Um exercício interessante é observar quais peças você repete com frequência. O que faz você se sentir confortável e confiante? Esse é um bom ponto de partida. Estilo pessoal não nasce do dia para a noite — ele é fruto de experimentação, erros e acertos. Muitas vezes, é preciso ousar em algumas combinações para perceber o que funciona e o que não tem nada a ver com você.

Outra dica é pensar no seu estilo de vida. Pessoas que passam o dia em ambientes corporativos podem precisar de roupas mais formais, enquanto quem trabalha de forma criativa pode experimentar peças mais despojadas. A questão é alinhar a estética à rotina, sem abrir mão do que realmente transmite sua identidade.

A influência cultural e as referências pessoais

Encontrar um estilo próprio também passa por resgatar referências culturais e pessoais. Muitas vezes, músicas, filmes e até tradições familiares podem servir como inspiração para compor um visual único. Pense, por exemplo, em como artistas criam imagens marcantes a partir de elementos culturais – e como essas escolhas se tornam parte inseparável de sua identidade.

Da mesma forma, observar o ambiente ao redor pode ser uma fonte rica de inspiração. Estilos urbanos, regionais ou até mesmo referências vindas da infância ajudam a moldar escolhas mais pessoais e menos genéricas. Ao valorizar esse repertório individual, a moda deixa de ser apenas uma repetição de tendências globais e passa a ter um sentido mais profundo.

Minimalismo, maximalismo e a liberdade de transitar entre estilos

Outro ponto importante é a quebra da ideia de que precisamos nos encaixar em uma única categoria. Nos últimos anos, movimentos como o minimalismo e o maximalismo ganharam força: um defendendo a simplicidade e a neutralidade, outro apostando em cores, texturas e excessos. Mas o fato é que não existe regra que proíba alguém de transitar entre essas vertentes.

A liberdade de experimentar permite que cada pessoa adapte diferentes estéticas ao seu dia a dia. É perfeitamente possível ter um guarda-roupa com peças básicas e atemporais, mas também contar com roupas mais chamativas para ocasiões especiais. Essa flexibilidade é justamente o que faz o estilo pessoal ser tão único.

Como lidar com a pressão das tendências

Ignorar completamente as tendências é quase impossível, e nem precisa ser o objetivo. O importante é saber usá-las a seu favor, em vez de se sentir refém delas. Uma boa estratégia é analisar cada novidade e se perguntar: essa peça realmente combina comigo? Faz sentido para minha rotina?

Vale lembrar que a moda é cíclica, e muitas tendências retornam com adaptações. Assim, construir um guarda-roupa baseado apenas no “hit do momento” pode não ser sustentável, tanto do ponto de vista financeiro quanto ambiental. Pensar em peças versáteis, que atravessam diferentes temporadas, é uma forma inteligente de se proteger desse ciclo acelerado.

O papel do consumo consciente

Nesse cenário, o consumo consciente aparece como aliado de quem deseja encontrar autenticidade. Comprar menos, mas escolher melhor, é um caminho para construir um guarda-roupa que reflita sua identidade de forma duradoura. Além disso, essa postura também tem impacto positivo no meio ambiente, já que a indústria da moda é uma das que mais consomem recursos naturais no mundo.

Um estilo pessoal sólido não depende da quantidade de roupas, mas da qualidade das escolhas. Peças que têm história, que se conectam com a trajetória de quem as usa, carregam muito mais valor simbólico do que simplesmente seguir a última tendência.

Quando a moda vira oportunidade de reinvenção

Por outro lado, a moda também pode ser vista como uma ferramenta de reinvenção. Em diferentes fases da vida, é natural que a forma de se vestir mude. O início da vida adulta, uma transição de carreira ou até um novo ciclo pessoal podem inspirar a adoção de roupas diferentes, que refletem esse momento.

Essa dinâmica mostra como a moda não deve ser encarada como prisão, mas como possibilidade de liberdade. Reinventar-se é parte do processo, e a roupa é uma das expressões mais visíveis desse movimento.

Estilo pessoal e as oportunidades de consumo

Embora a construção do estilo seja algo íntimo e contínuo, períodos sazonais também podem ser aliados. Muitas pessoas aproveitam épocas como a Black Friday para renovar peças do guarda-roupa, não apenas por conta dos preços atrativos, mas pela chance de investir em itens que realmente traduzem sua identidade. É claro que esse consumo precisa ser pensado com cautela, para evitar compras por impulso.

A grande questão é transformar esses momentos em oportunidades de adquirir roupas que já estavam no radar, que complementam seu estilo e que podem ser usadas de forma versátil no dia a dia. Assim, a moda deixa de ser apenas sobre tendências passageiras e passa a ser sobre escolhas duradouras.

Processo contínuo

Encontrar o próprio estilo em meio a tantas opiniões nas redes sociais pode parecer uma tarefa complicada, mas na prática é um processo enriquecedor. Ele envolve autoconhecimento, experimentação e, acima de tudo, autenticidade.

Mais do que seguir regras, trata-se de se permitir observar referências, absorver o que faz sentido e descartar o que não combina com sua essência. Ao alinhar estética, rotina e identidade, a moda se transforma em algo maior do que roupas: torna-se uma ferramenta de expressão, liberdade e até mesmo reinvenção.

Fonte: Divulgação

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