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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Povos da floresta sofrem mais com o clima, diz líder extrativista

Em evento Pré-COP, trabalhadores reivindicam mudança dos debates

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O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Julio Barbosa de Aquino, defendeu, nesta terça-feira (14), que a próxima Conferência do Clima (em Belém, em novembro)  será ocasião para trazer os povos da floresta para dentro do debate climático.Povos da floresta sofrem mais com o clima, diz líder extrativistaPovos da floresta sofrem mais com o clima, diz líder extrativista

Ele participou do evento Pré-COP dos Povos e Comunidades Tradicionais, o primeiro de uma série de quatro encontros para debater temas socioambientais envolvendo os seis biomas brasileiros. Os resultados das discussões serão levados à COP30.

Impactos

Aquino exemplificou que, quando o bioma sofre, o rio pode ficar intrafegável. “Nem os barcos chegam lá com alimento. Nem a produção sai de dentro desses territórios para fazer o comércio. Nem a merenda escolar ou o transporte escolar chegam”. 

Para o presidente do CNS, esse é o debate mais importante porque é concreto. “Nós não temos extrativista se nós não tivermos o nosso rio protegido. Esse é o grande desafio que nós temos”.

Novas reservas

A quebradeira de coco Maria Nice Machado Aires, que mora na Baixada Maranhense, entende que a COP30 será tempo de defender as reservas extrativistas, tanto as que existem como as que podem ser criadas. 

Agenda do governo

A secretária nacional de povos e comunidades tradicionais, Edel Moraes, do Ministério do Meio Ambiente, argumentou que as reivindicações dos quilombolas, indígenas e extrativistas estão na agenda do governo federal para a COP.  Inclusive, ela citou que uma das novidades da presidência da COP foi criar o Círculo dos Povos. 

Justiça territorial

Presidenta do Comitê Chico Mendes, a ambientalista Ângela Mendes, filha do líder seringueiro, defendeu que o evento em Belém precisa olhar o legado da luta dos povos e das comunidades extrativistas. 

Mudança de temas

Diretor da organização não-governamental The Nature Conservancy, José Otávio Passos considerou que, historicamente, as conferências do clima têm se concentrado mais no debate para os países desenvolvidos sobre energia e combustíveis. 

Para ele, as necessidades dos povos da florestas deveriam ser priorizados. “Falta a gente olhar para duas outras crises, a da biodiversidade e a social. Ter a COP na Amazônia é uma oportunidade de a gente colocar as pessoas e as comunidades no centro do debate climático”.

Fonte: Luiz Claudio Ferreira – Agência Brasil
Edição: Sabrina Craide

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