Há discos que a gente guarda para dias nublados — daqueles em que o silêncio parece mais honesto que qualquer palavra. Nebraska, de Bruce Springsteen, é um desses. Gravado em um quarto, com um simples gravador de quatro faixas, o álbum virou uma espécie de confissão em forma de canção. E agora, o cinema volta a esse momento com o filme “Springsteen: Salve-me do Desconhecido”, de Scott Cooper, que promete emocionar quem já encontrou abrigo em uma melodia.

Depois de estrear no Festival de Cinema de Nova York e conquistar o público em sessões pela Europa, o longa chega aos cinemas sob o selo da 20th Century Studios, trazendo uma narrativa que mergulha fundo no homem por trás do mito.
Baseado no livro “Deliver Me From Nowhere”, de Warren Zanes, o filme acompanha Springsteen em um período de solidão criativa e busca interior. É a história de um artista lidando com suas próprias sombras — e transformando cada uma delas em poesia.
Quem dá vida ao “Boss” é Jeremy Allen White, conhecido pela intensidade que imprime em cena. Ao seu lado, Jeremy Strong interpreta Jon Landau, o amigo e empresário que sempre acreditou na força das canções simples. O elenco ainda conta com Paul Walter Hauser, Odessa Young, Stephen Graham, Gaby Hoffman e David Krumholtz, compondo uma trama que é tanto sobre música quanto sobre humanidade.
Com fotografia de Masanobu Takayanagi e trilha sonora original de Jeremiah Fraites, do The Lumineers, a produção encontra beleza na quietude — e transforma o isolamento de um músico em um retrato universal sobre vulnerabilidade.
“Springsteen: Salve-me do desconhecido” estreia nos cinemas em 30 de outubro, convidando o público a redescobrir Bruce Springsteen não como ídolo, mas como pessoa — alguém que, assim como nós, tenta se salvar através da arte.
“Ver filmes como este é lembrar que a arte nos encontra onde a vida às vezes falha — e que, no fim, sempre cabe uma canção pra nos fazer companhia.”
Fonte: Nádia Rocha/Redação Amambai Notícias
