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terça-feira, 26 de agosto de 2025

Líderes mundiais falam sobre trajetória e morte de Fidel Castro

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26/11/2016 18h39

Líderes de diversas tendências políticas se manifestaram sobre a trajetória do comandante da Revolução Cubana.

Fonte: Agência Brasil

A morte do líder cubano Fidel Castro repercutiu em várias partes do mundo. Líderes de diversas tendências políticas se manifestaram sobre a trajetória do comandante da Revolução Cubana. O papa Francisco, um dos negociadores da reaproximação dos Estados Unidos com Cuba depois demais de 50 anos de relações diplomáticas cortadas, lamentou a morte de Fidel.

“Ao receber a triste notícia da morte do excelentíssimo senhor Fidel Alejandro Castro Ruz, ex-presidente do Conselho de Estado e do governo da República de Cuba, expresso os meus sentimentos de dor aos familiares, assim como ao governo e ao povo desta amada nação”, disse Francisco em um telegrama enviado a Raúl Castro, presidente de Cuba e irmão de Fidel.

Em telegrama enviado ao governo cubano, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou Fidel como “símbolo de uma época inteira na história moderna”. Para Putin, Castro contribuiu muito para as relações russo-cubanas e foi um homem que “encarnava os ideais de político, cidadão e patriota”.

“A lembrança dele ficará para sempre nos corações dos cidadãos da Rússia”, disse Putin no telegrama. O premier russo Dmitry Medvedev também prestou homenagens ao líder da Revolução Cubana dizendo, por meio de sua página do Facebook, que só foi possível construir a amizade entre o povo russo e cubano graças à participação de Castro.

Ao lamentar a morte de Fidel, o presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje que a história e as pessoas vão se lembrar do líder cubano como “uma grande figura dos nossos tempos”.

“A morte de Fidel Castro fez com que o povo chinês perdesse um companheiro íntimo e um amigo sincero. Sua gloriosa imagem e grandes conquistas vão ficar para história. O grande camarada Fidel Castro viverá nos valores do seu povo”, disse o presidente chinês.

Partido Comunista chinês lamenta morte de Fidel

Também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China, Xi Jinping prestou condolências a Raúl Castro em carta enviada ao governo cubano. “Em nome do Partido Comunista da China, do governo e do povo chineses, e em meu próprio nome, expresso minhas mais profundas condolências pela morte do camarada Fidel Castro e sinceras condolências à sua família”, disse Xi Jinping.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ressaltou que Fidel Castro é um “protagonista controverso, mas marcante” que teve um “peso” na América Latina e “até no mundo” tornando-se “mítico” no imaginário daqueles que o apoiavam.

“Fidel foi um protagonista controverso, mas marcante, que lutou por Cuba, quer na América Latina quer no que então se chamava terceiro mundo, sobretudo, entre os anos 60 e os anos 90 do século passado e que chegou a ser uma personalidade mítica”, afirmou o chefe de Estado Português.

Brasil

Assinada pelo chanceler José Serra, o Ministério das Relações Exteriores divulgou hoje (26) nota sobre a morte do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, ocorrida ontem (25) em Havana.

“O governo brasileiro tomou conhecimento com pesar da morte do líder cubano Fidel Castro. Como dirigente máximo de seu país por cinco décadas, marcou profundamente a política cubana e o cenário internacional. Entra para a história como uma das lideranças políticas mais emblemáticas do século XX. Não é possível entender a história de nosso continente sem referência a Fidel, suas ideias e ações à frente da revolução cubana e do governo de seu país”, diz a nota.

Acrescenta que a trajetória de Fidel “resume os dolorosos conflitos e contradições de um período histórico conturbado, no qual ideais de desenvolvimento e justiça social nem sempre se conciliaram, em nossa região, com o respeito aos direitos humanos e à democracia”.

O governo solidariza-se com o povo cubano e apresenta ao seu governo e à família de Fidel Castro suas sentidas condolências, finaliza a nota do Itamaraty.

Chile

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, lamentou a morte de um líder que lutou pela “dignidade e justiça social em Cuba e na América Latina”.

Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que ficou “afligido com a partida do irmão comandante Fidel”, em declaração à rede de televisão Telesur via telefone. “Acompanhamos neste momento tão difícil o povo cubano, o povo anti-imperialista”, acrescentou Morales. O presidente boliviano disse que a maior homenagem a Fidel “é a unidade dos povos do mundo, é nunca esquecer sua resistência ao modelo imperialista e ao modelo capitalista”.

Morales lembrou que Cuba enviou médicos a seu país, para atenderem de graça.

Venezuela

O presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro disse que cabe agora a todos os “revolucionários do mundo continuar o caminho” de Fidel, que ele chamou de “gigante da humanidade”. Ele lembrou da grande amizade entre Fidel Castro e o ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez, que governou o país de 1999 até sua morte em 2013. Chávez morreu em Cuba, onde tratava um câncer.

O presidente venezuelano publicou em sua conta no Twitter fotos de Fidel Castro em que ele aparece, entre outros, acompanhado de Hugo Chávez, do presidente da Bolívia, Evo Morales, e do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.

Colômbia

Um dos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Luciano Marín Arango, destacou que Cuba desempenhou um papel fundamental nas negociações para o acordo de paz entre o governo e as Farc – a maior guerrilha do país e a mais antiga da América Latina.
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“Que o acordo de paz seja nossa homenagem”, disse Arango, conhecido pelo codinome Ivan Márquez, chefe da equipe negociadora das Farc, que fechou o acordo de paz com o governo colombiano em Havana. As Farc, como outros grupos guerrilheiros da América Latina, se inspiraram na Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro. Seu irmão, Raúl Castro, ajudou a mediar o acordo com o presidente Juan Manuel Santos. O pacto será votado no Congresso colombiano na semana que vem – durante os nove dias de luto decretados em Cuba pela morte de Fidel.

No Twitter, o presidente Juan Manuel Santos lamentou a morte do líder cubano e solidariedade a Raúl Castro e ao povo cubano. “Fidel Castro reconheceu ao final da vida que a luta armada não era o caminho. Contribuiu assim para o fim do conflito colombiano”, disse.

Argentina

Na Argentina, a ministra das Relações Exteriores, Suzana Malcorra, disse que a morte de Fidel Castro fecha “um importante capítulo da história latino-americana”.

Na opinião dela, Fidel entregou o poder ao irmão, Raúl, porque sabia que era hora de fazer mudanças em Cuba. A mais importante foi a reaproximação com os Estados Unidos, depois de meio século de rompimento.

Malcorra disse, em entrevista à imprensa local, que espera que o processo, iniciado pelo presidente norte-americano Barak Obama, continue com seu sucessor, Donald Trump – apesar das objeções do Partido Republicano.

El Salvador

O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez, expressou a solidariedade com Cuba após a morte de Fidel Castro. “Fidel viverá para sempre nos corações dos povos solidários que lutam por justiça, dignidade e fraternidade.”

Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, também expressou condolências a Cuba após a morte de Fidel Castro. “Partiu um grande. Morreu Fidel. Viva Cuba! Viva a América Latina!”, disse na rede social Twitter.

México

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, lamentou a morte do líder da Revolução Cubana. “Fidel Castro foi um amigo do México, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, diálogo e solidariedade”.

  • Com informações da agência Sputnik

O papa Francisco lamentou, em Roma,  a morte de Fidel Castro / Foto: Agência Lusa/EPA/Giuseppe Lami

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