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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Sindicato Rural de Amambai entra na luta pelo mercado da carne brasileira

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19/07/2017 13h26

Fonte: Redação

Amambai (MS) O Sindicato Rural de Amambai vem lutando, juntamente com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e outros órgãos, contra a decisão dos Estados Unidos de suspenderem a importação de carne bovina in natura brasileira.

No mês de junho o governo americano determinou a suspensão das importações de carne fresca do Brasil. Foram identificadas manchas no produto causadas pela vacinação contra febre aftosa. Entre as providências tomadas pelo Ministério da Agricultura, foi determinado aos frigoríficos para que as carnes in natura de cortes dianteiros (local de aplicação da vacina) sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, a fim de identificar facilmente eventuais problemas. Em nota, o Departamento de Agricultura (USDA) alegou “recorrentes preocupações sobre a segurança dos produtos direcionados ao mercado americano”.

Segundo a CNA, os elementos utilizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para justificar o fechamento do mercado não apresentam risco para a saúde dos consumidores norte-americanos.

A decisão do governo americano prejudica ainda mais os pecuaristas brasileiros, que já enfrentam uma série de dificuldades, como a queda no preço da arroba, o aumento dos custos de produção e os desdobramentos da Operação Carne Fraca e da delação da JBS.

De acordo com Ronan Nunes da Silva, presidente do Sindicato Rural de Amambai, entre as pautas a serem discutidas com o Ministério da Agricultura, é de grande importância ressaltar a necessidade do Mato Grosso do Sul tornar-se zona livre da febre aftosa sem vacinação: “Hoje o MS é considerado zona livre de febre aftosa com vacinação e o nosso sindicato defende que devemos ser zona livre sem vacinação, porém com rigorosa inspeção sanitária da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), devido a extensa fronteira seca (…) Não podemos correr o risco de ter um foco da doença, visto que o mercado já se encontra defasado e isso acarretaria mais crise econômica na pecuária”, afirma.

Um outro ponto a ser discutido, segundo Ronan, é a possibilidade da aplicação de uma menor dose da vacina, ou a alteração em sua fórmula: “Uma dose menor ou uma nova formulação na vacina poderia garantir menos danos aos animais, já que uma grande parte de produtores rurais alegaram tumores e outros problemas na saúde dos animais vacinados”, comenta o presidente do sindicato.

No mês de junho o governo americano determinou a suspensão das importações de carne fresca do Brasil / Foto: Divulgação

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