12.1 C
Dourados
segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Você sabia que Amambai já teve um grupo de escoteiros?

- Publicidade -

23/04/2020 08h44

Nesta quinta-feira (23) é celebrado o Dia do Escoteiro e Pedro Nunes, que foi escoteiro em Amambai por 26 anos fala um pouco sobre o movimento que já foi forte do município

Fonte: Redação

Amambai (MS)- Hoje, 23 de abril, é celebrado em boa parte do mundo o Dia do Escoteiro, data instituída em homenagem ao padroeiro dos escoteiros, São Jorge que é conhecido como um santo guerreiro, uma vez que ele foi soldado de cavalaria e logo cedo ficou conhecido por sua bravura.

Segundo o locutor de rádio e moto taxista em Amambai, Pedro Nunes, no município, o movimento escoteiro chamado de grupo Escoteiro Sesquicentenário foi fundado no ano de 1972 pelo padre Antônio Cegatto e por Benedito Simões e chegou a congregar cerca de 70 jovens. Pedro foi um destes, entrou para o grupo com cerca de 11 anos e saiu somente 26 anos depois.

Ele conta que o movimento envolvia jovens e adultos através de um sistema que priorizava a honra, o trabalho em equipe, a vida ao ar livre, fazendo com que o indivíduo assumisse seu próprio crescimento, tornando-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.

O grupo em Amambai tornou-se tão forte na época, que chegou a conseguir a sua sede própria. Atualmente, o local, que foi doado pela prefeitura e teve a sede construída, está cedido ao grupo de Alcoólicos Anônimos e fica localizado na avenida Pedro Manvailer, ao lado do Estabelecimento Penitenciário.

“Nós nos reuníamos todos os finais de semana e nos acampamentos usávamos as técnicas mateiras como construção de mesas, barracas”, lembra Pedro.

Organização

Segundo ele, o movimento escoteiro era dividido em ramos de acordo com a idade dos participantes. O primeiro é o ramo “Lobinho”, reúne crianças de 7 a 11 anos; o segundo é chamado de “Escoteiro” reunindo participantes com idades entre 11 e 15 anos de idade. Além disso, tinha o ramo “Sênior”, que era formado por jovens entre 15 e 17 anos e o ramo “Pioneiro”, que era constituído por pessoas com 17 e 23 anos. Cada ramo mencionado tinha o seu próprio Princípio de Ordem e Organização (POR).

Pedro ainda explica, que após alcançada a maioridade, o membro do grupo poderia tornar-se chefe desses ramos após a realização de cursos específicos.

Entre 2007 e 2008 o grupo acabou se desfazendo e o movimento acabando no município. Nessa época Pedro Nunes já não fazia mais parte, mas segundo ele, o motivo para o fim do movimento em Amambai foi a falta de voluntários.

“O que ficou de tudo isso é a saudade. Saudade das pessoas, daquela meninada (…) tínhamos pessoas que hoje tornaram-se advogados, médicos, editores de televisão, promotores, entre outras profissões”, disse Pedro. E finalizou: “O nosso grupo era um grupo aberto, qualquer pessoa, de qualquer religião ou sexo era bem-vindo”.

Na foto, parte do grupo de escoteiros em Amambai / Foto: cedida pelo blog Amambai Patrimônio União

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-