24/06/2020 14h26
Bicicloteca Marielle Franco leva livros aos quatro cantos de Amambai
O projeto é uma idealização do servidor público da Câmara de Vereadores de Amambai, Almir Farias da Cunha.
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Aliando o amor pelo voluntariado à sua paixão pela literatura, sabendo que esses são pilares para a construção de uma sociedade fraterna e que caminha rumo à evolução, o servidor público em Amambai, Almir Farias da Cunha montou a Mariteca.
Tendo como lema “O mundo precisa de paz e livros, não de armas”, a Mariteca é nada mais nada menos que um triciciclo adaptado que leva aos quatro cantos de Amambai livros para serem lidos.
Não importa a sua idade ou sua classe social, encontrando a Mariteca por aí, você pode conversar com Almir e pegar um livro emprestado. “Inicialmente são 15 dias, mas se precisar, renovamos por mais 15. Ou então, pode fazer uma troca dando outro livro que já tenha lido. O que eu quero mesmo é que alguém que não tenha livro em casa, fique com um dos meus”, disse Almir.
De onde surgiu a ideia?
Almir conta que sempre se envolve em trabalhos voluntários. Em Amambai, já trabalhou na Banda de Música do Sargento Rosendo, na Banda de Flautas da Casa da Sopa Irmã Sheila e durante três anos produziu mudas de árvores para plantar pela cidade e também para doar às pessoas que pedissem.
Mas além disso, sempre teve vontade de realizar algo voltado para a literatura e para a democratização da leitura. Então, assistindo a uma reportagem sobre uma menina de 12 anos que montou uma biblioteca em casa no Morro do Alemão teve a ideia. “Se uma garotinha de 12 anos conseguiu criar uma biblioteca, por que é que eu não consigo?”, questionou-se.
Pelo fato de morar em uma kitnet, Almir viu que não poderia ter uma biblioteca física e decidiu então adaptar a ideia e torná-la ambulante, criando assim a Bicicloteca Marielle Franco.
Por que Marielle Franco?
Sobre a escolha do nome para o projeto, Almir disse que foi instantâneo. “Morando em uma cidadezinha do interior do Mato Grosso do Sul, onde se vê todo tipo de preconceito, muitas vezes escondidinho, contra a população indígena; a impunidade das milícias nos grandes centros do Brasil; o poder político cheio de gente preocupada exclusivamente com os seus próprios interesses…pensei: eu tenho que honrar alguém que colocou o coração em uma causa do bem comum. Logo veio a Marielle Franco, que foi uma grande inspiração para mim.”

