12 C
Dourados
segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Da angústia a realização: deficiência da filha leva mãe a encontrar profissão

- Publicidade -

26/08/2020 13h45

Da angústia a realização: deficiência da filha leva mãe a encontrar uma profissão

Aos 11 meses de vida, Raissa foi diagnosticada com paralisia cerebral e o medo e aflição do início da descoberta aliados ao interesse em saber mais sobre a deficiência da filha, fizeram com que Kelly descobrisse uma profissão.

Fonte: Redação

Amambai (MS)- A chegada de um bebê em uma família é um momento ansiosamente esperado e desejado e, ao mesmo tempo, temido pelos pais por conta das muitas aflições e inseguranças que permeiam essa fase. Essas aflições tornaram-se ainda mais atenuadas na vida da pedagoga Kelly da Silva do Nascimento quando ela descobriu que sua filha, Raissa Carolina do Nascimento Silva, sofreu uma paralisia cerebral e teria seus movimentos comprometidos.

“Eu fiquei perdida! Eu não sabia o que era paralisia e eu ficava me perguntando se eu daria conta e se eu saberia cuidar dela”, ponderou Kelly. A partir dessas reflexões e indagações, a mãe, buscando compreender melhor a deficiência que acometia a filha decidiu entrar para o curso de pedagogia por ver que na grade curricular havia uma disciplina chamada Educação Especial.

“Eu não fazia ideia do que eu iria encontrar pela frente quanto aos cuidados que ela precisaria, então decidi entrar no curso para ver o que eu aprenderia e se porventura eu não me adaptasse, tudo bem! Eu já teria aprendido o que eu queria (…) mas eu acabei de apaixonando e encontrando a minha profissão, tudo isso graças a minha filha”, lembra Kelly.

Raissa Carolina, o amor incondicional de Kelly

Hoje, Raissa tem 14 anos e é a princesa da casa de Kelly. Feliz, inteligente, dona de um sorriso radiante e perfeccionista. Ela, com seu jeitinho próprio faz com que a cada dia sua mãe encontre forças.

Raissa foi diagnosticada com paralisia cerebral aos 11 meses, quando a mãe percebeu que a bebê não estava desenvolvendo suas habilidades motoras.

“A Raissa nasceu prematura. Com seis meses de gestação eu me assustei muito com um sapo e minha bolsa rompeu. Ao nascer, ela precisou ficar na incubadora por 45 dias e chegou, inclusive, a passar por uma cirurgia. Com o passar do tempo eu vi que ela estava com seu desenvolvimento motor comprometido e por isso, com a orientação de uma amiga, procurei um especialista e a APAE”, explicou a mãe.

Raissa tem todas as faculdades mentais preservadas, a sua única dificuldade é mesmo a de locomoção.

O apoio da Apae

Ao ser constatada a deficiência da filha, o apoio dos familiares foi muito importante, mas a Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (Apae) de Amambai tem uma participação singular nesse processo de vida dessa família.

Foi graças ao comprometimento dos profissionais da escola que Raissa começou a se desenvolver. “Os professores foram e são muito comprometidos e buscam estimular ao máximo a criança e foi graças a isso que a minha filha se desenvolveu”, disse Kelly.

Por conta disso, a mãe fala com muito carinho sobre o elenco de profissionais da escola Apaeana. “Ali, cada profissional, seja da portaria, da limpeza, do transporte, do administrativo e claro, os professores, são especiais e fazem um trabalho com muita determinação”, finaliza.

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Escola Especial Renascer, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), celebra até o dia 28 de agosto, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.

Essa semana acontece anualmente e visa convidar a sociedade para debater sobre inclusão social e combater o preconceito e a discriminação das pessoas com deficiência. “Trata-se de um dos principais eventos do calendário da Apae e reafirma a importância da participação da família em todos os processos de vida da pessoa com deficiência”, explicou a diretora da unidade escolar de Amambai, Adriana Tobias Garai.

Kelly e Raissa / Foto: Arquivo Pessoal

A paralisia cerebral de Raissa afetou unicamente suas funções motoras / Foto: Arquivo Pessoal

Raissa tem 14 anos e seu sorriso contagia / Foto: Arquivo Pessoal

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-