O quadro da magistratura sul-mato-grossense vai aumentar no dia 22 de junho. Os 12 aprovados no XXIX Concurso para o cargo de Juiz Substituto de Mato Grosso do Sul serão empossados no plenário do Tribunal Pleno, no Tribunal de Justiça, às 17 horas. Serão empossados Mariana Rezende Ferreira Yoshida, Raul Ignatius Nogueira, Luiza Vieira Sá de Figueiredo, Daniel Scaramella Moreira, Juliano Duailibi Baungart, Marcel Goulart Vieira, Deyvis Ecco, Luciano Pedro Beladelli, Alexandre Mura Iura, Pedro Henrique Freitas de Paula, André Luiz Monteiro e Kelly Gaspar Duarte Neves.
Para disputar as 23 vagas ao ingresso na magistratura de MS houve 2.130 inscritos, mas somente 338 foram aprovados na prova objetiva e continuaram na disputa. O número reduzido de empossandos mostra o nível de conhecimento dos novos juízes e quanta dedicação é necessária para ocupar o cargo.
Mas quanto tempo é necessário estudar para ser aprovado em um concurso para magistratura? Como é ver um sonho realizado? Para responder a essas perguntas Mariana Rezende Ferreira Yoshida contou que estudou durante três anos e meio e, por trabalhar o dia todo, não dispunha de mais de duas horas diárias.
Ela é assessora do Des. Carlos Eduardo Contar, no Tribunal de Justiça, e confessa que desejava ser juíza por vocação. “O juiz tem independência para decidir e modificar a realidade das pessoas que buscam auxílio da justiça. Saber que podemos ajudar a encontrar uma solução para os problemas dos cidadãos é muito bom, é apaixonante”, disse ela.
Outro a confessar sua vocação para a magistratura é Marcel Goulart Vieira, que acabou de completar 34 anos, e sempre quis ser juiz. Filho de pais que atuam como oficiais de justiça, ele estuda desde 2002 e, em março, foi empossado como analista de Promotoria, na cidade de Assis (SP).
Marcel estudava seis horas por dia e conta que tinha mais tempo para se dedicar quando advogava. Com simplicidade, ele calcula que já fez uns 10 concursos para magistratura e vai deixar tudo em território paulista para tornar-se juiz de Mato Grosso do Sul. “Estou ciente de que a responsabilidade é grande e pretendo trabalhar com serenidade, consciência. Farei o melhor possível”, afirmou.
Outro ansioso para assumir as novas funções é Raul Ignatius Nogueira, assessor do Des. Fernando Mauro Moreira Marinho, no TJMS, e aprovado no concurso. Apesar de trabalhar o dia todo, ele estudava de quatro a oito horas por dia: uma hora antes do expediente, uma na hora do almoço e o restante à noite.
Com 34 anos de idade, Raul estudou durante três anos. “Quando ingressei na faculdade queria ser juiz. Desviei deste objetivo por algum tempo, mas há três decidi me dedicar. Conheço as responsabilidades e estou ansioso por começar”, contou.
André Luiz Monteiro, que trabalha no TRE/MS, aos 37 anos, também será juiz e para isso vinha se preparando há seis anos, com cinco horas diárias de estudo. Por gostar muito de matemática e física, ele começou um curso de Ciências da Computação na UFMS, mas desistiu.
Começou a estudar para concurso, apaixonou-se pela matéria, cursou Direito e direcionou seus estudos. Ele não tem receio das novas responsabilidades. “O Tribunal de Justiça é um órgão muito conceituado e sei que serei feliz na nova função”, garantiu.
Fonte: TJ MS