Durante a cerimônia de lançamento do Programa Teko Porã: Fortalecimento do Bem Viver do Povo Guarani Kaiowá, realizada na tarde desta segunda-feira (14), a comunidade escolar da Aldeia Amambai protagonizou um momento de forte apelo social. Alunos e professores da Escola Estadual Indígena Mbo’eroy Guarani Kaiowá interromperam simbolicamente o protocolo para denunciar a precariedade da estrutura escolar e pedir apoio das autoridades presentes.
“Nossa escola está comprometida, caindo aos pedaços. A gente precisa de ajuda urgente”, disseram os estudantes ao se posicionarem diante do público, que incluía o Secretário Executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Luis Eloy Terena, e diretores do IFMS.
O cacique da Aldeia Amambai, Flaviano Franco, deu a palavra aos alunos e professores, que reforçaram a urgência de uma reforma completa da unidade escolar, ressaltando que as condições atuais afetam diretamente o processo de ensino e aprendizagem. Com cartazes, a comunidade pediu ajuda não só ao Ministério dos Povos Indígenas, mas também às demais autoridades que estavam no evento.
O secretário Luis Eloy Terena foi receptivo, ouviu com atenção e recebeu todas as reivindicações. Ao final da cerimônia, ele anunciou que irá agendar uma semana de visitas em Brasília para que o cacique Flaviano e mais duas lideranças da aldeia possam apresentar essa e outras demandas da comunidade nos ministérios correspondentes.
“Vocês têm direito a uma escola digna, a um ambiente seguro para aprender e ensinar. Vamos garantir que essas vozes sejam ouvidas nos espaços onde as decisões são tomadas”, afirmou Eloy, reafirmando o compromisso do Ministério com as pautas dos povos originários.
O episódio trouxe ainda mais força simbólica ao lançamento do Teko Porã, que visa justamente o fortalecimento da autonomia e o bem viver dos povos Guarani Kaiowá, mostrando que o protagonismo indígena vai além do papel de beneficiário — é voz ativa, exigente e necessária na construção de políticas públicas.
Fonte: Redação Amambai Notícias
