Nas últimas duas décadas, os esportes eletrônicos, conhecidos como eSports, deixaram de ser um nicho entre os entusiastas dos videogames para se tornarem uma das indústrias de entretenimento mais influentes do mundo.
No Brasil, essa transformação vem concomitante de forma acelerada, impulsionada por uma população jovem, apaixonada por tecnologia e altamente conectada, que procura joga apostas . Os eSports não são mais apenas jogos: chegaram-se carreira, espetáculo e até mesmo objeto de políticas públicas e educacionais.
O que são eSports?
ESports são competições organizadas de videogames disputadas por jogadores profissionais, geralmente assistidas por uma audiência ao vivo ou via plataformas de streaming, como Twitch e YouTube. Os gêneros mais populares incluem jogos de tiro em primeira pessoa (como Counter-Strike), estratégia em tempo real (League of Legends), battle royale (Fortnite, Free Fire) e simuladores esportivos (FIFA, eFootball).
Essas competições seguem estruturas semelhantes às de esportes tradicionais para quem joga apostas: times, técnicos, patrocinadores, calendários, ligas e premiações milionárias. Além disso, os eventos ao vivo — muitas vezes realizados em arenas lotadas — são transmitidos para milhões de fãs no mundo todo.
História e evolução dos eSports no Brasil
O Brasil tem uma longa relação com os jogos eletrônicos competitivos. Nos anos 2000, as lan house foram palco das primeiras disputas de Counter-Strike e Warcraft. Embora ainda amadoras, essas competições já indicavam o potencial de engajamento do público brasileiro com este tipo de jogo, como o caso de preferência por apostas esportivas. Com o avanço da internet banda larga e a popularização dos PCs e consoles, os torneios se multiplicaram.
A profissionalização do setor ganhou força a partir de 2010, especialmente com o sucesso de League of Legends (LoL), que trouxe ao país ligas oficiais, reforçadas em português e vezes patrocinadas. Com isso, surgiu também uma base de fãs engajados e uma geração de jogadores que passaram a ver os eSports como uma carreira viável.
Hoje, o Brasil figura entre os maiores mercados de eSports do mundo, com grandes organizações, jogadores de renome internacional e milhões de espectadores – aliás, a 9ª edição do Prêmio eSports Brasil 2025 já tem dados e locais.
Infraestrutura e profissionalização
O crescimento dos eSports no Brasil levou à construção de uma infraestrutura cada vez mais sólida. As principais organizações mantêm centros de treinamento, onde os atletas recebem suporte. Além disso, existem ligas organizadas, como o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), a LBFF (Liga Brasileira de Free Fire) e o Brasileirão de Rainbow Six, com regulamentações profissionais, calendários fixos e apoio de patrocinadores de peso — entre eles grandes marcas de tecnologia, bancos e até empresas de varejo.
As transmissões ao vivo contam com narradores, comentaristas, repórteres e produções que rivalizam com os de eventos esportivos tradicionais. Plataformas como Twitch, YouTube e TikTok ampliam o alcance e tornam os jogadores verdadeiros influenciadores digitais.
O impacto cultural dos eSports
Os eSports não impactam apenas a economia do entretenimento, mas também a cultura popular brasileira. Jogadores como FalleN e brTT se tornaram ídolos de milhões, influenciando moda, linguagem e comportamento. Organizações como LOUD, por exemplo, cruzam os limites do jogo e atuam como produtoras de conteúdo e marcas de estilo de vida, conectando música, moda e internet.
Além disso, os eSports, aliados à plataforma de jogo de apostas, promovem a inclusão social ao permitir que jovens de diferentes regiões e classes sociais tenham a chance de se destacar por méritos e habilidade, mesmo sem grandes recursos. Plataformas acessíveis, como o Free Fire — jogadas principalmente via celular — foram essenciais para democratizar o acesso à competição e atrair novos públicos.
Desafios enfrentados pelo setor
Apesar do crescimento, os eSports, tal como as apostas esportivas, no Brasil enfrentam uma série de desafios. Um dos principais é a falta de regulamentação específica. Embora o setor tenha características semelhantes ao esporte tradicional, ele ainda não possui uma legislação que reconheça oficialmente os jogadores como atletas.
Além disso, há o risco de pressão psicológica sobre os atletas. Tal como qualquer outro esporte de competição, uma rotina intensa de treinos, as expectativas do público e a exposição constante nas redes sociais podem gerar problemas mais sérios de cariz social — problemas cada vez mais reconhecidos no cenário profissional.
Educação, oportunidades e o futuro dos eSports no Brasil
O potencial dos eSports vai além da competição. Algumas instituições de ensino já oferecem cursos de formação específicos ao setor, abrangendo desde a produção de conteúdo até a gestão de equipes. Universidades e escolas também começam a considerar o valor dos eSports como ferramenta de engajamento educacional e desenvolvimento de habilidades, como trabalho em equipe, raciocínio estratégico e liderança.
Para o futuro, a tendência é de integração ainda maior entre eSports, mídia e entretenimento, com eventos híbridos, presença em metaversos, realidade aumentada e até mesmo expansão para as Olimpíadas — algo já planejado no Comitê Olímpico Internacional e que será implementado já este ano, na Arábia Saudita.
Com o avanço da tecnologia 5G e o crescimento das comunidades online, os eSports devem continuar se expandindo, abrindo portas para novos talentos e consolidando o Brasil como uma potência global na modalidade.
Fonte: Divulgação