30.1 C
Dourados
terça-feira, 16 de setembro de 2025

Saúde mental em foco: 4 meses do CAPS de Amambai mostram avanço na RAPS estadual

Com média de 20 atendimentos diários, unidade oferece acompanhamento contínuo e humanizado a usuários com sofrimento mental

- Publicidade -

O fortalecimento da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) em Mato Grosso do Sul tem contado com o apoio direto do Estado, garantindo que municípios como Amambai possam estruturar serviços de saúde mental com equipes completas e atendimento qualificado. Inaugurado em 16 de maio de 2025, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) I de Amambai já atendeu 196 pacientes, consolidando-se como referência no cuidado humanizado no município.

Saúde mental em foco: 4 meses do CAPS de Amambai mostram avanço na RAPS estadual

“Acompanhamos todo o processo de estruturação do CAPS de Amambai, desde o planejamento até a inauguração. O Estado apoiou a unidade com habilitação, orientação técnica, capacitação da equipe e repasse de custeio mensal, garantindo que a população tivesse acesso a um serviço completo e humanizado”, relembra a coordenadora de Áreas Temáticas e Saúde Mental da SES, Arielle Jheniffer dos Reis.

“O trabalho conjunto que estamos realizando com secretarias municipais de saúde por todo o Mato Grosso do Sul é no intuito de fortalecer a RAPS. Estamos estruturando serviços de saúde mental em diversos municípios, com protocolos padronizados e fluxos integrados de atenção, garantindo que a população tenha acesso contínuo, qualificado e humanizado em toda a rede estadual”, detalha a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

Atendimento em livre demanda

O CAPS I funciona em livre demanda, sem necessidade de encaminhamento. “Basta procurar o CAPS que, ao chegar, a pessoa passa por uma escuta inicial. Nessa primeira avaliação, verificamos se há critérios para inserção no serviço e, quando há necessidade, o usuário passa a ser acompanhado pela equipe multiprofissional”, explica Josiane Morais Silva, enfermeira e coordenadora da unidade.

A equipe multiprofissional é composta por um médico pós-graduado e com experiência em saúde mental (40h), um enfermeiro (40h), um farmacêutico (20h), uma psicóloga (30h), um assistente social (40h), um artesão (40h), um técnico de enfermagem (40h) e uma recepcionista (40h).

“O médico realiza consultas e acompanhamento clínico, o enfermeiro oferece consultas de enfermagem, o assistente social orienta sobre direitos e benefícios sociais, o psicólogo realiza acompanhamento terapêutico e o farmacêutico orienta quanto ao uso correto e seguro dos medicamentos. Essa atuação conjunta garante um cuidado integral e humanizado. Já conseguimos observar resultados muito positivos: usuários que antes estavam em sofrimento intenso agora estão conseguindo retomar vínculos familiares, se reinserir na sociedade e, em alguns casos, até retornar ao mercado de trabalho”, detalha Josiane.

Integração em rede

Para o secretário municipal de Saúde de Amambai, o médico Alessandro Godoi Barbosa, a chegada do CAPS representou um salto histórico. “Ele veio no intuito de melhorar o atendimento da saúde mental, fornecendo cuidado mais humanizado, com foco na reabilitação psicossocial e na redução dos estigmas das doenças mentais. A importância para o município é que não tínhamos local para esse tipo de atendimento especifico, destinado a pessoas com sofrimento mental de moderado a grave e persistente, dependentes de álcool e drogas, e casos infantis. O paciente realmente é acolhido pela equipe, que atua em escalas de plantão para garantir esse atendimento humanizado. O que a gente busca, na verdade é uma promoção da saúde mental, com o foco na reabilitação psicossocial e na redução desses estigmas e de exclusão. Então, ele foca em acolhimento e inclusão desses pacientes”, exemplifica.

O médico responsável pelos atendimentos, Sérgio Alves dos Santos, destaca que o CAPS integra a rede municipal e estadual, uma junção de esforços em prol da saúde mental da população. “A rede de apoio compreende matriciamento com as nove UBS (Unidades Básicas de Saúde), além da articulação com a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), assistência social e sistema prisional. O CAPS não atua sozinho: ele faz parte da Rede de Atenção Psicossocial, conforme as normativas do Ministério da Saúde. Fazemos o acompanhamento longitudinal para reestabelcer o quadro psiquiátrico desses pacientes”, pontua.

Setembro amarelo

Saúde mental em foco: 4 meses do CAPS de Amambai mostram avanço na RAPS estadual

Com o crescimento histórico da RAPS em MS — de 33 CAPS em 2022 para 40 em 2025 e previsão de 56 unidades até 2029 — o Estado reforça o compromisso com a saúde mental e a prevenção ao suicídio. A regionalização, estruturada pelo novo PAR e articulada com municípios de pequeno porte, permite que serviços especializados como o CAPS de Amambai ofereçam atendimento qualificado, multiprofissional e humanizado, ampliando o acesso da população a cuidados contínuos e integrados durante o Setembro Amarelo e ao longo de todo o ano.

O motor dessa transformação é o novo PAR (Plano de Ação Regional), apresentado durante a 388ª reunião ordinária da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) e aprovado por meio da Resolução CIB/SES nº 864, de 29 de agosto de 2025. Elaborado pela Gerência de Atenção Psicossocial, o plano estabelece a regionalização como eixo estruturante da RAPS, permitindo que municípios de pequeno porte se unam em arranjos regionais para habilitar serviços e acessar recursos federais e estaduais.

“Com a regionalização, conseguiremos atender 13 municípios de pequeno porte que, sozinhos, não teriam condições de habilitar serviços. Esse modelo garantirá que todas as regiões do estado sejam contempladas”, finaliza a gerente de Atenção Psicossocial, Carolina Andréa Palácios.

Saúde mental em foco: 4 meses do CAPS de Amambai mostram avanço na RAPS estadual

Fonte: Danúbia Burema, Comunicação SES
Com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Amambai

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-