31/05/2014 11h09 – Atualizado em 31/05/2014 11h09
Fonte: Correio do Estado
Nunca antes na história da seleção brasileira o time-base foi tão internacional em uma Copa do Mundo.
Se nada mudar nos próximos dias, o técnico Luiz Felipe Scolari colocará em campo na estreia do Mundial em 12 junho, contra a Croácia (17h), em São Paulo, 11 jogadores que defendem clubes de sete países diferentes.
Terá de “espanhol” e “alemão”, clubes de nações que tradicionalmente recheiam a seleção brasileira, aos inéditos “russo” e “canadense”.
A internacionalização da seleção brasileira se deu a partir dos anos 90, quando a exportação de jogadores, inicialmente para a Europa ocidental e depois estendendo-se à Ásia, Oriente Médio e leste europeu, se intensificou.
O Brasil ficou 24 anos sem levantar a taça de melhor do mundo (1970 a 1994) e a presença dos brasileiros em outros países, aprendendo o estilo dos adversários e disputando partidas contra os melhores do mundo, explica, em parte, a volta da competitividade da seleção em Copas.
“Nossos jogadores atuam no esquema tático dos times que são considerados os melhores do mundo e que têm como base suas seleções”, disse Felipão depois de vencer a África do Sul, em março, último amistoso do time.
Daniel Alves e Neymar, do Barcelona, além de Marcelo, no Real Madrid, conhecem por dentro os dois times que são base da Espanha, atual campeã mundial.
Luiz Gustavo jogou por dois anos no Bayern de Munique, praticamente a seleção alemã do 1 ao 11, e na última temporada os enfrentou pelo Wolfsburg.
Júlio César, goleiro que para ser convocado para a Copa conseguiu uma vaga no Toronto FC, que participa da liga profissional dos EUA, pode destoar desta teoria do treinador brasileiro, mas o importante para ele era estar em campo, ganhando ritmo de jogo, mesmo que em uma liga de nível técnico inferior.
Passado
O recorde anterior, com uma base formada por times de seis países diferentes, foi justamente na Copa anterior, em 2010, na África do Sul.
O primeiro jogador que atuava em time estrangeiro a ser titular em uma Copa pelo Brasil foi Falcão, volante formado no Internacional (RS), mas que no Mundial da Espanha atuava pela Roma (ITA).Em 1938, Patesko era jogador do Nacional, mas para jogar a Copa precisou deixar o time uruguaio e fechar com o Botafogo. A CBD (que comandava o futebol na época) não aceitava atletas profissionais no quadro da seleção.
