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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Bryan Ruiz: “Eles que fiquem com a pressão”

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13/06/2014 13h28 – Atualizado em 13/06/2014 13h28

Fonte: FIFA

O caminho do costa-riquenho Bryan Ruiz rumo a sua primeira Copa do Mundo foi pedregoso, repleto de chances que escaparam por pouco e duros obstáculos. Jovem sensação do futebol de seu país às vésperas da Alemanha 2006, ele foi cortado da lista de convocados no último momento ‒ uma decisão polêmica que dividiu a torcida, que o via como a revelação mais talentosa em muitas décadas.

“Perder aquele torneio me doeu muito, me senti deixado de lado e magoado”, conta, deixando claro que o ressentimento ainda existe. Quatro anos depois, seu sonho da Copa acabou de forma ainda mais dramática. A Costa Rica ficou muito perto de se classificar diretamente para a África do Sul 2010, mas, em questão de segundos, uma mínima diferença no saldo de gols em relação a Honduras relegou seu conjunto a uma malfadada disputa da repescagem intercontinental contra o Uruguai.

Por isso, hoje ele comemora a presença no Brasil 2014. “Eu lutei por isso e não vou deixar escapar. Estar hoje aqui no Brasil como capitão me dá uma sensação de muito orgulho”, garante o meia do PSV, que se surgiu no Alajuelense costa-riquenho e depois teve passagens pela Bélgica, pela Inglaterra e finalmente pela Holanda.

Os menos otimistas, porém, diriam que a longa espera de Ruiz terá sido em vão, já que o sorteio colocou a Costa Rica em um grupo com ninguém menos do que Itália, Inglaterra e Uruguai, três ex-campeões mundiais. Mas, para alguém acostumado com as adversidades, criado por uma mãe solteira em um subúrbio carente de San José, capital do país, mesmo o mais complicado dos cenários se apresenta como mais uma oportunidade.

“Todo mundo quer jogar contra as melhores equipes. É assim que você sabe que é a Copa. Vamos jogar contra três campeões mundiais. O que é melhor do que isso?”, pergunta Ruiz retoricamente.

O primeiro desafio para os costa-riquenhos é um adversário que ele conhece bem: o Uruguai. “Eles ganharam de nós há quatro anos na repescagem. Por isso, temos uma questão pendente com eles. Eles chegaram às semifinais daquela Copa do Mundo, enquanto nós assistimos a tudo aquilo do sofá de casa”, relembra.

Além das oitavas
Considerado o melhor jogador de seu país devido a sua criatividade e imprevisibilidade, Ruiz é um tipo sério. Deixa isso claro pela maneira de agir e de falar. Magro, mas forte, ele passa um ar contraditório de fragilidade e robustez ao mesmo tempo. É o líder da seleção de um país pequeno e tem pela frente a tarefa de liderá-la diante de equipes com craques de renome mundial como Luis Suárez, Andrea Pirlo e Wayne Rooney, para mencionar só alguns.

Ruiz também sabe provocar. “Está todo mundo falando das outras seleções do grupo. Olham para a gente como se fosse sorte nossa estar aqui, como se tivéssemos vindo para perder. Tudo bem, isso tira o peso e é bom para a gente. Eles que fiquem com toda a pressão”, cutuca.

Sob o comando de Jorge Luis Pinto, a Costa Rica se tornou uma equipe “moderna”, nas palavras de Ruiz, que sabe equilibrar a defesa e o ataque de uma maneira poucas vezes vistas antes no futebol do país, onde sempre se favoreceu mais um ritmo cadenciado e o esmero na técnica.

“Jogamos com uma linha defensiva de cinco homens, mas não somos retranqueiros”, disse Ruiz, que deve jogar como segundo atacante apoiando o camisa 9 Joel Campbell. “Não vamos ficar esperando, vamos para frente. Esta é a nova Costa Rica”, disse, sonhando com a possibilidade de aprontar uma zebra para cima do Uruguai e com a fantasia de superar italianos e ingleses. “Atenção, porque podemos surpreender muita gente”.

Um lugar nas cobiçadas oitavas de final não sai da cabeça do capitão costa-riquenho. A última (e única) vez que a Costa Rica realizou o feito foi na Itália há 24 anos, sua primeira Copa do Mundo. Ruiz, que esperou muito para estrear no maior torneio do futebol, espera muito mais. “Eles (a seleção de 1990) foram heróis, mas queremos ir mais longe”, diz, sóbrio e respeitoso, mas também impaciente. “Queremos escrever um novo capítulo da história”

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