14/06/2014 09h24 – Atualizado em 14/06/2014 09h24
Fonte: FIFA
Jogar na seleção argentina significa, cedo ou tarde, estar no centro das atenções. Essa regra geral serve para todos os jogadores que vestem a camisa alviceleste. Sem contar que, nos tempos atuais, atuar no setor defensivo da equipe comandada por Alejandro Sabella é ter de estar sob uma análise constante.
Ezequiel Garay sabe muito bem disso. Aos 27 anos de idade, o zagueiro atravessa um dos melhores momentos da sua carreira. Não apenas pela excelente temporada realizada com o Benfica, mas também por ter se consolidado como titular indiscutível para o seu treinador. Talvez por isso ele não tema estar sujeito a críticas e ser avaliado constantemente.
“Estamos conscientes de tudo isso, claro”, afirmou Garay à FIFA a poucas horas da sua estreia na Copa do Mundo da FIFA 2014, contra a Bósnia e Herzegovina. “Sabemos que no meio e no ataque temos bons jogadores que podem mudar o rumo de uma partida em qualquer momento. Isso se transforma em um desafio para nós, zagueiros. Mas não porque nos falte qualidade e sim pela tremenda qualidade dos nossos companheiros de ataque.”
Garay inclusive poderia classificar como injustas algumas críticas sofridas, principalmente após a Argentina terminar as eliminatórias para o Mundial com a segunda defesa menos vazada, sofrendo apenas 15 gols em 16 jogos. Entretanto, ele comenta esse assunto com uma elegância similar ao futebol que pratica. “Os zagueiros devem manter a calma. Melhoramos muito com a correria das eliminatórias e terminamos bastante sólidos. Mas claro que temos que fazer bem o nosso trabalho para poder ganhar cada partida.”
O estádio é o rival
O primeiro desafio será o selecionado bósnio, que chega ao Brasil com fama de “equipe dura”, independentemente de fazer a sua estreia na competição. “Sabemos que contam com bons talentos individuais, principalmente com o centroavante Dzeko”, afirmou o zagueiro argentino. “O segredo será não pensar que pode ser fácil. Também não podemos jogar relaxados.”
Apesar disso, Garay sabe que a Argentina é favorita, e não apenas para a primeira partida. “A história e os jogadores que temos, entre eles o melhor do mundo, fazem com que nos vejam como um dos favoritos na Copa”, ressaltou o jogador argentino, que já foi campeão mundial sub-20 em 2007 e ouro olímpico em 2008, mas que só agora fará a sua estreia em uma Copa do Mundo da FIFA. “O objetivo agora deve ser apenas vencer a Bósnia.”
A estreia argentina no Brasil 2014 terá uma motivação extra: será no lendário estádio do Maracanã. “Nunca joguei lá e quero aproveitar, será muito bonito. Mas também gostaria de jogar mais uma partida lá, a da final, que é o desejo de todos. A final ainda está muito longe. A nossa obrigação é respeitar todos os rivais da mesma maneira e pensar em dar um passo de cada vez.”
