14/06/2014 09h35 – Atualizado em 14/06/2014 09h35
Fonte: FIFA
Logo antes da estreia na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™, as emoções transbordam na concentração da Bósnia e Herzegovina. Cheios de orgulho e expectativa, os bósnios estão próximos de chutar a bola pela primeira vez na maior competição do futebol, o que faz da seleção a única estreante presente na 20ª edição do Mundial.
E o país fez grande campanha nas eliminatórias, registrando incríveis oito vitórias em dez jogos e marcando 30 gols, com destaque para a participação de Vedad Ibisevic e Sejad Salihovic. O atacante e o meia são dois dos sete selecionáveis que jogam em clubes alemães. Além deles, as carreiras dos craques Edin Dzeko e Zvjezdan Misimovic também decolaram na Bundesliga. Ou seja, na equipe da Bósnia e Herzegovina, o alemão não é um idioma incompreensível.
Caminhos distintos, objetivo comum
Ibisevic foi quem selou a classificação para o Brasil com um gol contra a Lituânia, o oitavo dele nas eliminatórias, e colocou toda uma nação nas nuvens em outubro de 2013. “Foi um dia histórico para nós e para as pessoas na Bósnia”, recorda o atleta de 29 anos à FIFA.
Criado na antiga Iugoslávia e na Suíça, o bósnio emigrou com a família para os Estados Unidos em 2000. Apenas três anos mais tarde, ele estava de volta à Europa. Vários clubes já haviam se interessado pelo jovem atacante, que acabou assinando com o Paris Saint-German.
Após passagens por Dijon e Aaachen, o bósnio viria finalmente se firmar com a camisa do Hoffenheim, então na segunda divisão da Alemanha. Lá, teve como colega de equipe o conterrâneo Sejad Salihovic e, junto com ele, ajudou o time a alcançar a elite germânica. De lá pra cá, Ibisevic foi jogar no Stuttgart. Salihovic, porém, segue no Hoffenheim.
“Jogar para vencer”
Agora, os dois querem ser as surpresas deste Mundial. Um pouco mais de seis meses após a vitória contra a Lituânia, a preparação dos bósnios foi concluída e a equipe do treinador Safet Susic mal pode esperar pela estreia neste domingo, às 19h de Brasília. O fato de o jogo ser contra a Argentina, e no ilustre Estádio do Maracanã, deixa a história ainda mais especial.
“Com certeza será especial, mas somos todos profissionais e não podemos nos deixar influenciar”, explica Ibisevic sobre o duelo com o craque Lionel Messi. E a expectativa também é grande para Salihovic. “Todos conhecem o Maracanã e falam sobre ele, mas devemos nos concentrar na partida”, diz o meia. Mesmo que a Argentina seja uma das favoritas, iremos jogar para vencer.”
Diferentemente de Ibisevic, Salihovic não mudou de continente. Aos sete anos, o bósnio fugiu com a família para Berlim, onde começou nas categorias de base do Hertha. Em 2006, veio a transferência para o Hoffenheim. Hoje, o atleta de 29 anos é um dos cobradores de falta mais temidos da Bundesliga.
Esperança de apoio da torcida brasileira
No Brasil, Salihovic espera suprir os companheiros de ataque com assistências precisas, o que poderá ajudar a Bósnia e Herzegovina a não se despedir depois de apenas três jogos. “Somos melhores que a Nigéria e que o Irã”, diz, fechando a entrevista com confiança. “Por isso, acredito que iremos nos classificar para as oitavas. Temos qualidade para isso, e esse deve ser nosso objetivo.”
Ibisevic não esquecerá o momento em que vestir a camisa bósnia pela primeira vez no Brasil. E ele também espera contar com o apoio da torcida brasileira. “Somos a seleção mais jovem do Mundial e estamos estreando”, justifica. “Acredito que os torcedores neutros vão gostar de nós, porque estarão nos vendo jogar pela primeira vez. Espero que os brasileiros que estiverem no estádio nos apoiem, afinal a Argentina é o maior rival deles.”
