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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Diego Forlán. “Ainda falta muita história para se escrever”

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18/06/2014 10h55 – Atualizado em 18/06/2014 10h55

Diego Forlán. “Ainda falta muita história para se escrever”

Fonte: Agência Brasil

Rio de Janeiro, 1950. O povo brasileiro se preparava para a festa. Também pudera. A seleção havia chegado invicta à final da Copa do Mundo. Para conquistar o cobiçado título, bastaria um empate com os vizinhos uruguaios, aos já quais se atribuía o papel de vítimas. Mas Obdulio Varela, Juan Schiaffino e seus companheiros tinham outros planos.

Todo mundo conhece a história do Maracanazo. Mas e a de Ciudad Guayana em 2013? A Venezuela enfrentava uma seleção uruguaia que tinha perdido os seus últimos seis jogos. Os torcedores venezuelanos se preparavam para a festa. Uma vitória, e a primeira classificação da Venezuela para a Copa do Mundo da FIFA estaria muito próxima. Mas Luis Suárez, Edinson Cavani e seus companheiros tinham outros planos…

Aprendendo a sofrer
Considerando o tamanho do país e a população reduzida, o Uruguai já obteve um sucesso desproporcional no futebol, com dois títulos da Copa do Mundo da FIFA, mais dois ouros olímpicos e inúmeras conquistas da Copa América. Porém quase nenhum desses triunfos foi um tranquilo passeio no parque. A Celeste teve de aprender a sofrer antes de comemorar. Essa história faz do jogador uruguaio uma espécie rara, que funciona melhor sob pressão, quando tudo parece perdido.

É justamente essa a percepção geral sobre a situação dos comandados de Óscar Tabárez a esta altura do torneio. Batidos pela Costa Rica no seu jogo de estreia, os uruguaios não podem mais pensar em derrota no Brasil 2014. O problema é que os adversários são nada menos que Itália e Inglaterra. Novamente uma situação no limite.

Apesar disso, os jogadores uruguaios não se abatem. Em entrevista exclusiva ao FIFA.com, reafirmam a confiança na capacidade da equipe uruguaia de dar a volta por cima nas situações mais complicadas. O primeiro a justificar o otimismo é um dos símbolos desta seleção, Diego Forlán. “Claro que não vai ser fácil”, reconhece. “Mas esta equipe está junta há muito tempo e temos consciência da nossa capacidade. Temos de fazer o nosso trabalho em campo, jogar como sabemos, e acho que isso será suficiente para conseguir os resultados necessários.”

Com a faca entre os dentes
Mais intrépido é Edinson Cavani, que reconhece que foi nos momentos derradeiros que os charruas aprenderam a dar o melhor de si. “É verdade, dizem muito isso sobre a seleção uruguaia”, recorda. “Já passamos por muitas coisas, e sobrevivemos. Repescagens, jogos complicados, situações no limite, e aqui estamos. Esta geração já ganhou quase tudo, e sabe como vencer.”

O atacante do Paris Saint-Germain também sabe que não há nenhuma margem de erro para os uruguaios agora. “Será fundamental manter a concentração. Não podemos cometer erros, pois uma única derrota já seria demais levando em conta a qualidade dos rivais. Mas acho que será precisamente isso o que nos permitirá recuperar o ânimo rapidamente. Vamos enfrentar a Inglaterra e a Itália, que não são qualquer um. E temos de vencer.”

É por isso que, apesar da surpreendente derrota na estreia, o Uruguai não perde a calma. Os jogadores sabem o que é estar pressionados por todos os lados e sair vivos contra todos os prognósticos. “Depois do jogo contra a Costa Rica, estávamos tristes no vestiário”, revela Forlán. “Mas sabemos que é só o começo, e ainda falta muita história para se escrever.”

Assim, se ingleses e italianos creem que os uruguaios serão adversários fáceis aos quais só falta dar o golpe de misericórdia, será melhor reconsiderar. É muito possível que Diego Forlán, Edinson Cavani e companheiros tenham outros planos…

Diego Forlán. "Ainda falta muita história para se escrever"

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