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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Varane e Sakho, juventude, força e serenidade na zaga

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21/06/2014 09h45 – Atualizado em 21/06/2014 09h45

Fonte: FIFA

Com oito gols a seu favor e um cativante jogo ofensivo, o ataque da França, encabeçado por Karim Benzema e Olivier Giroud, está chamando a atenção nesta Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. Os franceses não marcavam tantas vezes nas duas primeiras rodadas do torneio desde 1958. Até os 36 minutos do segundo tempo do encontro com a Suíça, quando Blerim Dzemaili descontou, estiveram perto até mesmo de registrar a vitória mais ampla da equipe em um Mundial – atualmente, a marca está com o 7 a 3 sobre o Paraguai conseguido há 56 anos.

Mas pouco antes disso, o zagueiro Mamadou Sakho acabava de se lesionar e sua ausência desajustou de certa maneira o esquema da equipe. “Senti dor em uma entrada, mas estou bem. Vou descansar amanhã e ver com a equipe médica o que aconteceu exatamente”, explica o zagueiro à FIFA, mostrando um sorriso que apaga qualquer preocupação. “É verdade que relaxamos um pouco. Diminuímos o ritmo e a Suíça pressionou muito. Então, sofremos dois gols; é mérito do adversário. Nós fizemos nosso jogo, mostramos muita concentração do começo ao fim. Precisamos ficar com isso”.

Os dois gols suíços, para dizer a verdade, não ofuscam em nada a qualidade da exibição dos franceses. Também seria injusto se ater unicamente a essas duas manchas ou se voltar para a atuação de Laurent Koscielny, muito combativo quando substituiu Sakho. Ainda assim, é difícil não vincular esses dois gols à saída prematura do defensor do Liverpool, porque, até então, o eixo central que ele formava com Raphaël Varane exibia um domínio impressionante, apesar da juventude de ambos.

Serenidade inata
“Não acho que a serenidade seja exclusivamente um fator da idade. Pessoalmente, sempre fui assim. Acho que é inato”, admite com calma Varane, de 21 anos, em conversa com o FIFA.com. “Eu e o Mamadou tentamos simplesmente dar o máximo pela equipe. Fizemos um grande jogo e pressionamos muito o adversário, colocamos muita intensidade no que fazíamos. Mas quando digo ‘nós’, me refiro a toda a equipe, não só aos zagueiros”, esclarece. No entanto, e apesar da vantagem de três gols que a França tinha já no intervalo – algo que não conseguia desde 1978, por sinal –, o miolo da zaga se sobressaía de maneira clara.

Defensivamente, os dois protagonizaram um encontro impecável, como aquela bola que Sakho recuperou dentro da área ilustrou à perfeição. No ataque, eles também souberam fazer a diferença: o terceiro gol francês saiu dos pés de Varane, que deu um magnífico passe em profundidade para Giroud fazer a assistência a Mathieu Valbuena. “É verdade que nós, zagueiros, tivemos um bom rendimento, mas no geral o jogo se desenrolou muito bem”, insiste Sakho. “A equipe funciona; sempre é mais fácil quando todos os jogadores se implicam por completo nas funções defensivas”.

E tudo também é mais fácil quando se conta com uma dupla de zaga de tanto talento. Depois de fazer muitos testes e de ensaiá-la pela primeira vez contra a Ucrânia no jogo de volta da repescagem das eliminatórias europeias para o Brasil 2014, Didier Deschamps já não tem nenhuma dúvida sobre a complementaridade de Sakho e Varane. O primeiro é canhoto, vibrante e forte; o segundo, destro, tranquilo e alto. Os dois formam uma muralha quase intransponível. “Nós nos entendemos muito bem, tanto dentro quanto fora de campo, mas não acho que se deva olhar só para os dois zagueiros”, argumenta Varane. Embora as manchetes dos jornais sejam para os atacantes, é inegável que tanto ele quanto Sakho estão dando uma contribuição decisiva.

Varane e Sakho, juventude, força e serenidade na zaga

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