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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Argélia revela a sua faceta ofensiva

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23/06/2014 13h49 – Atualizado em 23/06/2014 13h49

Fonte: FIFA

Nunca é fácil dar a volta por cima após estrear numa Copa do Mundo com derrota, sobretudo para uma equipe que estava em vantagem no marcador até os 25 minutos do segundo tempo. No entanto, foi exatamente o que fez a Argélia, que perdeu da Bélgica por 2 a 1 na primeira rodada do Grupo H, na última terça-feira no Estádio Mineirão.

O revés foi ainda mais duro de superar diante das diversas críticas que apontaram o comportamento hesitante demonstrado pela equipe do técnico Vahid Halilhodzic depois de abrir o placar em Belo Horizonte. Alguns avaliam que os belgas provavelmente teriam tido dificuldade em virar o jogo com gols de Marouane Fellaini e Dries Mertens caso os argelinos não houvessem cedido a posse de bola aos adversários. O torcedor da Argélia deve ter se sentido na partida de abertura da África do Sul 2010, quando o país foi derrotado pela Eslovênia por 1 a 0.

No entanto, a escalação anunciada para o confronto com a Coreia do Sul certamente devolveu a confiança da torcida norte-africana, principalmente com a inclusão do trio ofensivo formado por Abdelmoumene Djabou, Yacine Brahimi e Islam Slimani. Apesar de ter sido uma das referências da equipe nas eliminatórias, Slimani atuou apenas 24 minutos no jogo de estreia. Com eles em campo, porém, a Argélia não hesitou em mostrar o seu melhor futebol em Porto Alegre.

Numa partida bastante disputada no Estádio Beira-Rio, os argelinos não demoraram a vencer a batalha tática contra um time sul-coreano que foi surpreendido pela marcação adiantada do rival. Além dos três pontos, a mudança no esquema de jogo deu à Argélia o seu primeiro triunfo na festa máxima do futebol em 32 anos. Slimani elogiou a eficiência demonstrada pela seleção. “Era uma partida difícil contra uma equipe muito bem organizada”, disse o atacante em entrevista ao FIFA.com. “Soubemos aproveitar as oportunidades que criamos e os quatro gols que fizemos nos deram a vitória.”

Eleito o Craque do Jogo Budweiser após ter inaugurado o marcador e dado o passe para o terceiro gol, marcado por Djabou, o atacante do Sporting de Portugal fez questão de enfatizar a importância do coletivo. “Pouco importa quem joga, porque temos um grupo muito sólido formado por atletas que atuam nos melhores clubes”, afirmou Slimani. “Se houve novidades na escalação é porque disputaríamos uma partida decisiva que era preciso ganhar a qualquer preço.”

Pé no chão
Do alto do seu 1,88 metro, Slimani causou muitos problemas à defesa sul-coreana. Ao lado dele, Brahimi desestabilizou o miolo de zaga com a sua velocidade. O entrosamento entre os dois deu resultado aos 17 do segundo tempo, com um belo passe dentro da área de Sofiane Feghouli para Brahimi, que matou o goleiro Sungryong Jung com um chute rasteiro.

Brahimi, que joga no espanhol Granada e que marcou apenas o seu segundo gol com a camisa da Argélia neste domingo, já imagina a sequência da competição. “Praticamos um futebol bastante ofensivo hoje e precisamos recomeçar na próxima partida, contra a Rússia”, apontou. “Não será fácil, mas hoje também não era. Isso não nos impediu de manter a cabeça fria e fazer uma bela apresentação.”

O zagueiro Madjid Bougherra estava visivelmente satisfeito com a atuação dos companheiros. “Estou muito orgulhoso de ser o capitão da seleção argelina que venceu numa Copa do Mundo depois de 32 anos”, contou ele ao FIFA.com. “É uma grande honra para mim entrar na história do futebol argelino como integrante dessa equipe tão unida que fez uma partida excepcional.”

Depois de saber tirar as lições da derrota na abertura da campanha, o capitão espera que a Argélia volte a se mostrar igualmente envolvente na partida contra a Rússia. “O mais importante é jogar o nosso futebol e mostrar as nossas qualidades”, concluiu Bougherra. “Com essa vitória, deixamos toda a torcida argelina feliz. Mas uma missão ainda mais difícil nos aguarda. Temos uma chance de avançar às oitavas de final, mas primeiro precisamos esquecer essa vitória sobre a Coreia do Sul e colocar os pés no chão.”

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