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domingo, 14 de setembro de 2025

Godín, uma cabeça abençoada

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25/06/2014 09h59 – Atualizado em 25/06/2014 09h59

Fonte: FIFA

Seu gol contra o Barcelona no dia 17 de maio silenciou o Camp Nou e garantiu o título do Campeonato Espanhol ao Atlético de Madri. Seu gol contra a Itália neste 24 de junho fez a Arena das Dunas, em Natal, explodir de alegria e colocou o Uruguai nas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Ainda que seu ofício seja impedir os adversários de balançar as redes, Diego Godín já assinou nesta temporada um punhado de gols históricos, dignos de grandes atacantes. Sempre de cabeça, sua especialidade, como ele já havia provado também na última final da UEFA Champions League.

“Felizmente, pude fazer gols importantes este ano”, comentou o zagueiro em entrevista ao FIFA.com. “Mas sempre digo que você tem que fazer o melhor pela equipe e é a equipe que respalda seu trabalho. Tanto no Atlético como aqui, o esforço de todo o grupo tem sido impressionante. Hoje fizemos uma partida histórica. Uma partida de sonhos. É uma grande alegria para todo o país”, acrescentou após eliminar os tetracampeões mundiais.

Uma partida histórica pelos contornos épicos que adquiriu. Até os 35 minutos do segundo tempo, a Celeste estava se despedindo do torneio e não conseguia encontrar espaço na sólida defesa da Azzurra. “Sabíamos que seria assim. A Itália se postou bem, mas mantivemos a calma e continuamos insistindo, porque estávamos convencidos de que nosso momento chegaria”, contou o uruguaio ao final de um confronto em que não errou nenhum dos 33 passes que deu.

Sem medo de ninguém

O momento chegou aos 36 minutos da etapa final. Gastón Ramírez bateu o escanteio, Godín subiu mais alto do que todos e finalizou como podia. “Com a orelha, com o ombro, com tudo! Porque saltei e a bola foi muito alta e muito atrás. E aí empurrei do jeito que pude”, explicou com um sorriso o capitão da equipe nesta terça-feira.

O dono original da braçadeira é Diego Lugano, que, lesionado, acompanhou com nervosismo a partida desde o banco. Após o gol, o líder uruguaio correu como nunca para ser o primeiro a abraçar o herói do dia. Godín contou como foi esse momento. “Ele me disse que eu merecia, que eu era muito bom e que tinha que ser eu”, revelou emocionado. “Para mim, é um grande orgulho ouvir isso do capitão, mas o mérito é de todos.”

Após aquele outro gol de cabeça, no Camp Nou, Godín comentou que podia entender o sentimento de Ghiggia ao marcar no Maracanazo. O que diria ele hoje diante de uma situação que inevitavelmente suscita comparações com 1950? “Falei aquilo por ter silenciado um estádio lotado. Mas marcar um gol hoje é diferente… É difícil explicar… Você sente uma alegria imensa e fica muito orgulhoso. Acho que todo o país deve estar se sentindo assim também.”

Com a derrota diante da Costa Rica na estreia, muitos chegaram a questionar a capacidade de reação do Uruguai, que precisaria vencer Inglaterra e Itália para avançar. Cumprida a tarefa, o zagueiro não hesitou em dar tons bíblicos à classificação. “Passamos de fase de uma forma muito difícil, foi um milagre o que fizemos após nosso mau começo. E agora vamos pensar nas oitavas, nada mais. Com respeito a todos, mas sem medo de ninguém”, concluiu. Caso as coisas se compliquem, o Uruguai pode confiar na cabeça abençoada de Godín.

Godín, uma cabeça abençoada

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