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domingo, 14 de setembro de 2025

De olho em Alemanha x Estados Unidos, Portugal e Gana se enfrentam em Brasília

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26/06/2014 10h56 – Atualizado em 26/06/2014 10h56

Em duelo marcado por polêmicas extra-campo, europeus e africanos torcem por vitória alemã. Um empate em Recife desclassifica os dois times em Brasília

Fonte: Portal da Copa

Nesta quinta-feira (26.06), às 13h, as seleções de Portugal e Gana entram em campo, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, para o jogo de número 46 da Copa do Mundo FIFA 2014.

O duelo será o quarto dos sete confrontos que a capital federal sediará neste Mundial e é, de longe, o que motivou mais polêmica durante as entrevistas coletivas concedidas por representantes das duas seleções.

Também nesta quinta-feira, às 13h, na Arena Pernambuco, em Recife, Alemanha e Estados Unidos fazem a segunda partida da terceira rodada do Grupo G. E o resultado desse duelo é determinante para o destino que Portugal e Gana podem ter nesta Copa do Mundo.

A Alemanha lidera o grupo, com quatro pontos, mesma pontuação dos Estados Unidos (os alemães, contudo, têm um saldo de gols melhor: 4 contra 1). Já Gana e Portugal aparecem, respectivamente, em terceiro e quarto, ambos com um ponto, mas os africanos têm um saldo de gols de -1 contra -4 dos europeus. Nesse cenário, um empate em Recife eliminaria Portugal e Gana e classificaria a Alemanha em primeiro e os Estados Unidos em segundo.

Durante a entrevista coletiva, tanto o técnico de Portugal, Paulo Bento, quanto o zagueiro Pepe foram questionados se acreditavam em um possível acordo entre Alemanha e Estados Unidos para que os dois países se classificassem com um empate. Ambos disseram não temer essa possibilidade. “Acho que somos todos profissionais e temos que respeitar essa magia do futebol e nem sequer passa pela minha cabeça que isso possa acontecer”, declarou Pepe.

Entre os quatro times da chave, a missão de Portugal é a mais complicada. Além de torcer por uma vitória da Alemanha, o time tem que descontar um saldo de cinco gols em relação aos norte-americanos. Assim, só existem duas possibilidades: golear os africanos em caso de uma vitória simples da Alemanha (1 x 0) ou torcer para que os alemães goleiem os Estados Unidos para que o caminho da vitória portuguesa em Brasília seja menos complicado.

Mesmo com esse cenário desfavorável, quando foi indagado se acredita em milagres, Pepe foi claro: “Acredito. Acho que é possível (a classificação). É difícil, mas temos que lutar e é isso que vamos fazer até o final”, prometeu. “O mais importante é sentirmos qual é a nossa motivação e ela tem que ser grande, tem que ser elevada”, declarou o técnico Paulo Bento. “As poucas possibilidades que temos devem ser jogadas amanhã. Temos que nos preocupar com a estratégia para amanhã. Primeiro, temos que ganhar contra uma equipe forte fisicamente e que tem os melhores resultados quando contra ataca”, prosseguiu o treinador.

Dinheiro vivo

Entre a seleção de Gana, a discussão sobre a possibilidade de um acordo para um empate entre Alemanha e Estados Unidos não foi o que mais chamou atenção durante a entrevista coletiva. No caso dos africanos, um outro tema, de ordem financeira, pautou praticamente todas as perguntas dos jornalistas.

O time de Gana desembarcou em Brasília por volta das 15h de terça-feira (24.06) e deveria ter feito um treino horas depois, no fim da tarde. Entretanto, os jogadores teriam se recusado a treinar e ameaçado até mesmo não entrar em campo caso o dinheiro que eles devem receber pelo pagamento de direito de imagem não fosse pago. O valor, segundo a imprensa de Gana, é de US$ 100 mil por atleta.

Indagado sobre o tema, o técnico James Appiah confessou que esse assunto tem lhe trazido tantos problemas que nem mesmo suas noites têm sido tranquilas. “Eu não durmo há dois dias e essas questões já deveriam ter sido resolvidas. Infelizmente estou nessa situação e estou falando para eles (os jogadores) que esqueçam essas questão. O presidente de Gana (John Dramani Mahama) interveio e acho que tudo vai se resolver antes do jogo”, declarou o treinador.

Durante a coletiva foi levantada uma outra questão ainda mais polêmica referente ao pagamento: ele deveria ser feito em dinheiro vivo. Indagado sobre isso, James Appiah tentou explicar que isso é algo comum no time. “A prática em Gana sempre tem sido pagar em dinheiro. Alguns jogadores nem tem conta bancária em Gana”, justificou. Segundo o técnico, a expectativa era de que o dinheiro fosse pago aos jogadores na tarde de quarta-feira.

Apesar de toda a polêmica, o meia Atsu afirmou que o capitão do time, o atacante Gyan, conversou com o grupo e ressaltou a importância da partida contra Portugal. “O nosso capitão falou conosco e o respeitamos muito. Uma derrota será muito ruim porque as pessoas vão culpar a questão financeira. Então, mesmo que não recebamos o dinheiro vamos esquecer isso tudo. Não vamos dizer que por conta do dinheiro não vamos jogar. Nós amamos a nossa nação e queremos jogar pela nossa nação”, declarou o jogador.

Na tarde de ontem, a Federação de Futebol de Gana publicou uma nota em seu site. Segundo o texto, o presidente John Dramani Mahama conversou com os jogadores e assegurou que o dinheiro seria pago na tarde de quarta-feira.

Nesta quarta-feira à tarde, por decisão da FIFA, Portugal e Gana não fizeram o reconhecimento de gramado no Estádio Mané Garrincha. Os treinos das duas seleções foram feitos no CT do Corpo de Bombeiros, o que motivou críticas por parte do técnico português Paulo Bento.

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