05/07/2014 08h24 – Atualizado em 05/07/2014 08h24

Argentina e Bélgica se enfrentam neste sábado (5) em Brasília. Vencedor chega às semifinais

Fonte: ABr

Com a Copa do Mundo caminhando para seus momentos decisivos, a capital conta as horas para uma partida que promete intensas emoções do início ao fim. Neste sábado (05.07), às 13h, Argentina e Bélgica começam a definir seus destinos no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em confronto válido pelas quartas de final e que marca o duelo de número 60 do Mundial e o sexto dos sete confrontos agendados para a cidade no torneio. Após este jogo, Brasília ainda verá receberá a disputa do terceiro lugar, no dia 12 de julho, às 17h.

Nesta sexta-feira (04.07), enquanto mais de 200 milhões de torcedores em todo o Brasil preparavam o espírito para a partida da Seleção Brasileira contra a Colômbia pelas quartas de final, argentinos e belgas trabalharam na capital.

No fim da manhã e até meados da tarde, as duas equipes fizeram o reconhecimento do gramado no Estádio Mané Garrincha e os técnicos Alejandro Sabella, da Argentina, e Marc Wilmots, da Bélgica, participaram das entrevistas coletivas.

Sabella não adiantou a escalação da equipe que entrará em campo. Ele exaltou as qualidades do rival, que avaliou como tendo ótimos talentos individuais e muita força coletiva, e falou sobre a pressão depositada pelos torcedores argentinos para que a equipe avance até a final.

Para o treinador, a cobrança é sempre elevada, mas os torcedores têm uma tendência a superestimar as qualidades da seleção. “Nós argentinos sempre achamos que somos mais do que somos. Às vezes isso é bom, mas às vezes tem sua parte ruim. É a nossa forma de ser, é uma questão cultural”, declarou. Apesar disso, Alejandro Sabella confessou que, para ele, será uma frustração se a equipe for eliminada antes das semifinais e, assim, não termine a Copa do Mundo do Brasil entre os quatro melhores.

O técnico argentino também falou sobre Lionel Messi e a dependência que a equipe tem tido dele nesse Mundial. “Qualquer seleção que tem um jogador como Messi vai depender muito dele. Ele é o melhor do mundo. Mas existe um trabalho de grupo que vai fazer com que ele jogue mais ou menos.”

Alejandro Sabella ressaltou a importância da coletividade e deu como exemplo a jogada do gol da Argentina contra a Suíça, nas oitavas de final, a três minutos do fim do segundo tempo da prorrogação, que classificou a equipe para as quartas de final. “Se o Palacio (atacante que roubou a bola que originou o gol) não estivesse ali (ajudando a defesa argentina) esse gol não teria existido.”

Já o técnico da Bélgica afirmou que não há qualquer tipo de pressão em sua equipe e adiantou que, ao contrário do que muitos imaginam, seu time não jogará recuado. “Não temos mais pressão, pois já fizemos o nosso campeonato”, declarou, referindo-se ao fato de a seleção ter avançado às quartas de final. “Se dermos tudo, podemos perder que não vamos nos arrepender. Já mostramos quem nós somos e vamos voltar para casa com uma sensação boa”, disse Marc Wilmots.

Apesar de não ter revelado a escalação, Wilmots revelou que assistiu na manhã desta sexta-feira a partida entre Argentina e Suíça e que já tem toda sua estratégia montada. “Já estudamos o jogo tático deles e vamos seguir com a nossa filosofia. Vamos para a frente e não vamos ficar na defesa. Jogamos um futebol compacto e não vamos deixar muitos espaços.”

O treinador belga, ao ser indagado se classificava como elevada a possibilidade de a partida ser decidida nos pênaltis, também garantiu que se o desfecho chegar a este nível de tensão seus atletas estarão preparados. “É um jogo de quartas de final e podemos esperar tudo. Nem todos os jogadores foram ao limite (contra os Estados Unidos, quando a Bélgica vencer por 2 x 1 na prorrogação) e estamos prontos para isso.”