18/05/2015 19h20 – Atualizado em 18/05/2015 19h20
Resultados da safra de soja 2014/2015, obtidos em campo experimental implantado na escola agrícola, foram debatidos no município.
Fonte: Raquel Fernandes/Assessoria Coopersa
Amambai (MS) – Na última quarta-feira, dia 13, pesquisadores da Fundação MS realizaram a apresentação dos resultados de pesquisas realizadas na safra de soja 2014/2015 na unidade de Pesquisas de Amambai, viabilizada por meio de um convênio firmado entre a Fundação, a Cooperativa Agroindustrial Amambai (Coopersa) e a prefeitura de Amambai.
A programação contou com a realização de três palestras. Na primeira, o pesquisador de fertilidade e manejo do solo da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti, apresentou resultados da pesquisa sobre o uso de bioestimulantes na safra de soja.
Segundo o pesquisador, em Amambai foi constatado que o bioestimulante não apresentou diferenças significativas na produção. Resultado semelhante foi observado nos municípios de Naviraí, Rio Brilhante, Maracaju. “Não tivemos diferenças, por isso não aconselhamos o uso de bioestimulante nesta região.”, informou o pesquisador da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti.
Em seguida, o engenheiro agrônomo e pesquisador, Carlos Pitol, falou sobre os cultivares de soja da safra 2014/22015 e passou recomendações para a próxima safra. E para finalizar as palestras, o pesquisador de fitossanidade, José Fernando Jurca Grifolli, tirou as dúvidas dos produtores sobre o manejo de pragas e doenças na cultura da soja.
Durante o evento, o presidente da Coopersa, produtor rural Christiano Bortolotto, ressaltou a importância da Cooperativa em investir em pesquisas, “Nós, da Coopersa, estamos preocupados com a validação de tecnologias e sabemos que estes resultados proporcionarão uma evolução para o setor. Agradeço o empenho da equipe Coopersa, dos apoios da Fundação e da Prefeitura de Amambai”, destaca Christiano Bortolotto.
Doenças na cultura da soja
Conforme o pesquisador, entre as doenças que mais afetaram a safra da soja no Estado estão a antracnose, uma das principais doenças desta cultura e que pode causar apodrecimento e queda das vagens; e a ferrugem, que apesar de ser a doença mais agressiva e que preocupa os produtores, foi encontrada apenas em algumas regiões.
Para o controle e redução dessas infestações, o pesquisador destaca alguns métodos utilizados. “Nós temos basicamente o uso de produtos para o tratamento de sementes, a aplicação de inseticidas e fungicidas em situações favoráveis, além dos métodos de controle biológico e cultural que auxiliam no seu manejo”, ressalta.
Segundo Grigolli, as pesquisas conduzidas pela Fundação MS são divididas em estudos de monitoramento e estudos de eficiência de controle.
Na primeira opção, os pesquisadores acompanham áreas do Estado para ter conhecimento do tipo de ocorrência de possíveis pragas e doenças que serão encontradas na safra; já na segunda, a partir do momento em que os focos de pragas e doenças são detectados, as equipes de trabalho realizam os testes de produtos para a eficiência de controle diante de cada situação

