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terça-feira, 30 de abril de 2024

Programa de evolução da mandioca

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30/06/2015 14h44 – Atualizado em 30/06/2015 14h44

Por R. Ney Magalhães

Recentes e insistentes publicações nacionais informam que o Ex, com a consciência pesada pediu “hábeas cópus” preventivo contra a prisão que está cada vez mais próxima e a atual mandataria apesar da “estag-inflação” falando da sua evolução declarou-se “mulher sapiens” citando o “aipim carioca” e a “macaxeira nordestina” justamente ela que certamente nunca degustou devidamente uma mandioca cozida ou frita ao sabor da tradição sul-mato-grossense. Nóis merece!

Apesar de sermos chamados pejorativamente de “mandioqueiros” e nos últimos anos termos votado em candidatos que não corresponderam às nossas expectativas, como produtores rurais estamos salvando a economia regional.

O Brasil está parado. Para a felicidade geral da nação e principalmente para o nosso MS outras culturas como a de Soja não empacaram. A nova tradução de emPACou é tudo aquilo que adota o ritmo do PAC do Governo.
Um brinde à “mandioca que sempre fez parte do cotidiano de nossas mesas” e é componente obrigatório dos costumeiros churrascos. Outro brinde à mandioca que hoje com seus derivados compõe grande porcentagem do Trigo de nosso pãozinho matinal. Não seja inconsequente como a presidente, abra o Aurélio ou mesmo o “google” e conheça melhor a mandioca, suas propriedade e suas receitas. A mandioca tem muito a ver com nosso passado, com o presente e talvez com o futuro da humanidade. Podem nos chamar de “mandioqueiros” à vontade.

Todos sabem que na primeira etapa de nossa colonização vivemos o ciclo de ouro da erva-mate, pois bem, durante os primeiros cinquenta anos dessa exploração a mandioca foi a coadjuvante principal sempre ao lado do feijão com arroz, tanto na alimentação quanto no consorcio de culturas dos mais produtivos ervais.

Ervateiros mais competentes passaram a cultivar mandioca consorciada em seus ervais novos, a melhor limpeza das terras tornou as erveiras mais produtivas, surgiram as “tafonas”, rusticas casas de farinha ou fábricas de farinha de mandioca, polvilho etc.

No inicio dos anos 50 do século passado aqui chegavam muitos nordestinos, vindos pela recém inaugurada NOB, Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Ramal de Ponta Porã. Conhecedores do cultivo e exploração motivaram os ervateiros a criarem as Casas de Farinha, aqui já conhecidas como “tafônas”. Em 1959/60 a Carteira Agrícola do Banco do Brasil passou a financiar essa cultura na modalidade técnica de consorcio como também a construção e aquisição de máquinas e equipamentos para sua industrialização.

Como terceirizado do Banco do Brasil contribuindo na elaboração e acompanhamento daqueles projetos, foi gratificante assistir e gravar na memoria aqueles enormes galpões cobertos de sapé ou de pindó nativos, construídos pelas mesmas mãos indígenas que nas entre-safras, em sua sombra às centenas manuseavam e descascavam as raízes da mandioca. Minhas homenagens aos pioneiros dessa etapa do desenvolvimento regional às famílias dos saudosos amigos Lino (Arão) Pinto e Juvenal Froes da Laguna/Bocajá/Bonfim, Juan Vicente Franco e Toté-José Benitez Cardenas da Emboscada/Rio Verde hoje Aral Moreira, Guri-Romualdo Portela da Moroty, Amambai e Hury de Sousa, do Guassuty.

Neste sul maravilha distantes mais de 1.000 Km. da capital Cuiabá, sem estradas e nas mãos de coronéis políticos conservadores perdemos o potencial comercio do “ouro verde”. Seguiram-se mais dez anos de estagnação. Para nossa felicidade surgiram os governos Castelo Branco, Costa e Silva, Medici, Geisel e João Figueiredo. Estradas asfaltadas partiram de São Paulo e rapidamente alcançaram o oeste abrindo novos horizontes de progresso. As redes de energia elétrica vieram juntas.

Se vc agora é morador neste sul-fronteira ou do cone-sul do MS tiver um espaço no quintal ou no jardim de sua casa plante e cultive alguns pés de mandioca, branca ou amarela, acompanhando com sua família o ciclo cultural e após seis meses comece a saborear o fruto desse trabalho nos churrasquinhos familiares, vcs vão ser muito mais felizes!

Produtor Rural de Amambai

Ney Magalhães

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