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terça-feira, 16 de setembro de 2025

ONU condena ataque que deixou dezenas de mortos na Síria

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17/08/2015 13h12 – Atualizado em 17/08/2015 13h12

Fonte: ABr

O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, expressou sua condenação ao ataque aéreo em um mercado na cidade de Duma.

Citando relatos de ativistas, agências de notícias mencionam que pelo menos 96 pessoas morreram na ação.

Inaceitável

Staffan de Mistura chamou de “devastador” o “bombardeio do governo a Duma” no domingo. O enviado especial afirmou que “ataques em áreas civis com bombas aéreas indiscriminadas, tais como bombas de vácuo, são proibidos pela lei internacional”.

O representante declarou ainda que um “governo atingir mercados civis matando quase 100 dos seus próprios cidadãos é inaceitável sob qualquer circunstância”.

Em nota emitida nesta segunda-feira, o porta-voz do enviado especial mencionou ainda o bombardeio indiscriminado de Damasco na semana passada por grupos armados de oposição e o corte do suprimento de água, medidas que afetam civis, que também considerou “inaceitáveis”.

Acesso Humanitário

Staffan de Mistura afirmou que o “acesso humanitário deve ser permitido de forma incondicional” e que “as mortes devem parar”. O enviado especial declarou ainda que “não há solução militar para este conflito, como ficou provado nos últimos anos”.

Ele pediu a todas as partes sírias que interrompam urgentemente todos os atos de violência e comecem o diálogo em direção à solução política para a crise.

Falando a jornalistas esta segunda-feira, em Damasco, o subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários lançou um apelo a “todos e a cada parte” do conflito prolongado para que protejam os civis e respeitem o direito internacional humanitário.

Horror

No fim da sua primeira visita à Síria, Stephen O’Brien disse estar “horrorizado” com o que chamou de “total desrespeito pela vida dos civis” no país.

O representante disse estar particularmente chocado com as notícias de ataques aéreos que mataram dezenas de civis no domingo. O’Brien lembrou que os civis suportam o peso do conflito de mais de quatro anos.

O’Brien disse que os ataques contra civis são ilegais, inaceitáveis e devem cessar.

Água

O chefe humanitário também deplorou os cortes de água feitos por grupos armados não-estatais, o que chamou de uma “arma inaceitável de guerra”.

Na capital síria, pelo menos 5 milhões de pessoas ficaram sem água por três dias devido às ações. Em Alepo, 2 milhões de pessoas passaram pela mesma situação por 17 dias.

Durante a sua visita, O’Brien, que é chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, reuniu-se com representantes do governo e falou de formas para reforçar as operações humanitárias.

Stephen O'Brien (segundo à esquerda) visita Homs, na Síria. Foto: Ocha

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