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domingo, 14 de setembro de 2025

Começa em Viena reunião diplomática sobre guerra na Síria

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30/10/2015 13h39 – Atualizado em 30/10/2015 13h39

Fonte: Agência Brasil

A maior reunião diplomática sobre o futuro da Síria começou hoje (30) em Viena, com o objetivo de encontrar uma solução pacífica para o conflito que, em quatro anos, causou a morte de mais de 250 mil pessoas. O encontro é o primeiro do qual participam todos os atores internacionais envolvidos no conflito, como os principais aliados do presidente sírio Bashar Al Assad (Rússia e Irã) e os principais adversários (Estados Unidos, Arábia Saudita e Turquia).

Antes do início da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, reconheceu que uma solução política para o conflito sírio ainda está longe, mas disse que o fato de os principais atores se sentarem à mesma mesa é “um primeiro passo muito importante”, que cria esperanças “para a Síria e toda a região”.

O chanceler francês, Laurent Fabius, ressaltou que, pela primeira vez, encontram-se juntos “os principais atores do drama sírio” e considerou a reunião de hoje “muito oportuna”. “Queremos uma Síria livre, íntegra, que seja composta por todos os atores da sociedade”, disse Fabius, cujo país participa da coligação internacional que luta contra o terrorismo islâmico na Síria.

“Ainda faltam muitas mudanças. Há também que lutar mais eficazmente contra o terrorismo, em particular, contra o Estado Islâmico”, destacou o chanceler francês. “Além disso, deve organizar-se uma transição política. Evidentemente, Bashar Al Assad, que é responsável em grande parte pelo drama sírio, não pode tomar parte do futuro da Síria”, afirmou Fabius.

Ao chegar à reunião na capital austríaca, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond, informou que será discutida a possibilidade de estabelecer um processo que “acabe com o sofrimento e as mortes na Síria”.

O encontro desta sexta-feira ocorre depois de várias reuniões bilaterais, realizadas ontem (29), e de um encontro do qual participaram os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, da Rússia, Turquia e Arábia Saudita.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse ontem que o objetivo era criar as bases para “uma transição política na Síria”.

Um dos principais pontos de debate do encontro será se Al Assad deve abandonar o poder para facilitar a transição, tal como tem sido exigido pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita, mas rejeitado pelo Irã e pela Rússia.

Cerca de 20 países estão com representantes na reunião, assim como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU), com o desafio de formular um plano aceitável tanto para o governo sírio quanto para as milícias opositoras apoiadas pelos Estados Unidos e seus aliados árabes.

Os grandes ausentes na reunião são as próprias partes que se enfrentam na guerra Síria, tanto Al Assad como as diferentes facções opositoras.

Um combatente do Exército Livre da Síria reage à morte de um de seus companheiros, morto ao tentar deter um tanque no distrito de Aleppo.  / Foto: Javier Manzano

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