O Corinthians voltou atrás e usará arquibancadas desmontáveis na ampliação da capacidade do estádio de Itaquera, em São Paulo, para receber a abertura da Copa de 2014.
A orientação do clube ao escritório que desenvolve o projeto é seguir no rumo inicial. Ou seja, uma opção que se encaixa nas intenções do clube, para 48 mil torcedores, e outro nos moldes da Fifa para sediar a partida inaugural da Copa, com 65 mil lugares.
“São duas alternativas que correm em paralelo”, disse o arquiteto Aníbal Coutinho, à frente do projeto.
Críticas
A estrutura do estádio recebeu críticas no último relatório da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL). O documento contém 109 orientações técnicas das entidades, que pedem mudanças no estádio da Copa de São Paulo. A estrutura da arena é tida como “simples” e “barata”.
Coutinho rebateu as críticas. “A questão da estrutura é uma falta de entendimento do COL. Ela é até bem cara. Eles devem estar se referindo às arquibancadas desmontáveis. A Fifa pode estar com a preocupação de que façamos estruturas provisórias muito simples.”
O arquiteto confirma que o projeto das arquibancadas desmontáveis não está detalhado. Com isso, é impossível estimar o custo final da arena.
A falta de projeto para os assentos temporários foi alvo de observação da Fifa no relatório técnico. “Precisamos de um detalhamento completo deste tipo de solução temporária. As arquibancadas temporárias estão alocadas no anel superior Norte e Sul. Uma geometria estranha do anel superior faz com que ela fique incompleta na arquibancada Oeste, onde o buraco pode ser preenchido com arquibancadas temporárias adicionais ou assentos permanentes”, diz trecho do documento.
Mais dois estádios da Copa terão arquibancadas removíveis. O Estádio das Dunas, em Natal, também sob responsabilidade de Coutinho, e a Arena Pantanal, em Cuiabá. A solução também foi adotada nas Copas da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010), mas nunca em estádios de abertura.
109 problemas
O relatório com críticas ao estádio de Itaquera foi revelado na edição desta sexta-feira (4) do jornal “Folha de S.Paulo”. Segundo a reportagem, os projetos dos estádios da Copa mais problemáticos atingiram média de apenas 30 pontos críticos.
“Todas as sedes tiveram quatro rodadas de análises. O nosso teve apenas uma. Além disso, 95% dos pontos criticados são estruturas provisórias da Fifa. Os outros estádios serão feitos para a Copa e depois ficarão como legado. O nosso será feito também para o Corinthians. Precisamos conciliar as duas coisas”, disse Coutinho.
O arquiteto afirma que o projeto analisado era preliminar, e que todos os pontos criticados já foram atendidos. O comitê paulista tem até 14 de fevereiro para enviar nova versão.
Fonte: Portal Copa 2014

