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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Polícias afirmam que não foram acionadas sobre agressões a jovens em Amambai

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25/10/2018 11h20

Fonte: Redação

Amambai (MS)- Durante evento da Semana Acadêmica de História da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) de Amambai, no dia 23 de outubro, foi feita uma denúncia de atentado contra um grupo de drag quens, ocorrido em Amambai na noite do domingo (21). Entre eles, estava um acadêmico da instituição. Na denúncia foi afirmado que o grupo havia tomado as providências cabíveis, registrando um Boletim de Ocorrência. Porém, tanto a Polícia Civil, quanto a Polícia Militar de Amambai, afirmaram que não houve nenhum registro.

A vítima, em conversa com a reportagem do Jornal Eletrônico Amambai Notícias, afirmou se confundiu sobre a realização do B.O e que realmente não se dirigiu a nenhuma das delegacias para realizar o registro formal do ato.

Ele conta que o grupo estava voltando de uma festa na região da vila Limeira, quando ao estarem nas proximidades da sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram agredidos verbalmente e com disparos de tiros por indivíduos que estavam dentro de um carro.

Ainda, segundo ele, frases de ofensas foram proferidas pelos homens, tais como “bando de bichinhas”, “vamos fazer um limpa”, “vamos matar viado”. Os agressores também fizeram alusão ao processo eleitoral, gritando “Bolsonaro 2019” e ainda realizaram diversos disparos de arma de fogo. Neste momento, o grupo correu para um matagal, de onde acionaram a Polícia, através do 190 e foram informados que não seria possível fazer nada além de verem o registro das câmeras de segurança e que seria necessário a realização de um B.O.

Ao retornarem para a rua, as vítimas dizem ter encontrado uma viatura da polícia, porém não lembram se era da Polícia Militar, da Polícia Civil ou do Bope.

“Eu não lembro se era Polícia Militar, Civil ou Bope… eu não lembro. E a primeira coisa que eles falaram pra gente era que deveríamos fazer um Boletim de Ocorrência, só que eu nunca fiz um B.O na minha vida, eu não sei como funciona. Para mim, o B.O que tanto se fala era o negócio que a gente tinha feito com eles na hora, porque eles perguntaram o que aconteceu, como aconteceu, onde aconteceu, qual era o carro e essas coisas. (…) Pra mim aquele era o B.O.”, afirmou o estudante.

Tanto o comandante da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar, tenente-coronel Wesley Araújo, como o delegado titular da Polícia Civil, Pedro Ramalho, afirmam que as instituições sequer foram acionadas e muito menos, estiveram no local.

Polícia Civil de Amambai / Foto: Divulgação

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