10/12/2018 09h02
A santa ocupa os principais altares paraguaios e também brasileiros, que carregam no peito a tradição dos Hermanos.
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Devoção, penitência e fé marcaram a noite do último sábado (8), em Amambai, quando a comunidade católica do município celebrou a Virgem de Caacupé, santa padroeira do Paraguai.
A missa, que aconteceu na sede da igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, reuniu centenas de fieis e encerrou a tradicional novena de Caacupé, realizada diariamente durante nove dias na casa de um devoto da santa que ocupa os principais altares paraguaios e também brasileiros, que carregam no peito a tradição dos Hermanos.
O coral da comunidade São Geraldo, de Pedro Juan Caballero, embalou toda a celebração com os hinos cantados em espanhol e em guarani, em homenagem a comunidade paraguaia presente.
Milagres
Durante a celebração, a imagem da santa foi levada até um altar especial por devotos, que com o ato, pagavam suas promessas. Uma delas é a senhora Antônia Joana Cabaña Toledo, de 67 anos. Ela conta que em 2000 foi acometida por um tumor no cérebro e precisou passar por uma cirurgia. Diante disso, seus familiares iniciaram uma novena, pedindo a Virgem de Caacupé que cuidasse de Antônia, foi aí então que um de seus sobrinhos teve um sonho, no qual, a santa aparecia e dizia que a doença de Antônia não era para a morte e sim, para uma purificação. Pouco tempo depois, a senhora se recuperou.
“Eu sou muito grata a Virgem de Caacupé…desde muito pequena minha mãe me ensinou a rezar para ela e ela intercedeu a Deus por um milagre na minha vida. Como sinal de gratidão, minha filha pegou o meu cabelo que foi cortado para a cirurgia e deu para a Virgem”, contou Antônia, emocionada.
Helena Oliveira dos Santos, de 55 anos, também esteve participando da celebração e foi uma das que levou as imagens para o altar. De família tradicional paraguaia, desde pequena, participava das missas e procissões. “Minha mãe era devota e passou essa fé para mim. Fico muito feliz que em Amambai se tem o costume de celebrar Caacupé, é uma tradição que merece ser cultuada, faz muito bem para os fieis e ressalta a cultura do município, que tem raízes”, salientou.
Heberton Ramoa Caballero era um dos mais jovens fieis que estavam pagando promessa. Ele tem 20 anos e levou a santa até o altar de joelhos em forma de agradecimento por ter conseguido entrar na faculdade e por sua mãe ter sido curada de um câncer de colo de útero.
“Eu finalmente consegui entrar para a faculdade que eu tanto sonhava e eu sei que foi a Virgem de Caacupé que intercedeu por mim”, explicou. Heberton cursa Arquitetura e Urbanismo.
Almoço
Também como forma de celebrar a Virgem de Caacupé, após a novena, onde todos os dias era rezado um terço na casa de um devoto da Virgem de Caacupé, aconteceu ontem (9) um almoço de confraternização.
Devotos, familiares e amigos se reuniram no Clube do Tereré para celebrar a Virgem de Caacupé.
O cardápio estava recheado de comidas tipicamente paraguaias como bori-bor, além do arroz carreteiro e da galinhada
As músicas? As músicas também eram paraguaias. Os responsáveis por embalar a festa eram Luciano Inssarraulde e Recalde,
Segundo o advogado Odil Puques de uma família tradicional de paraguaios, que todos os anos organizam a festa, neste ano, o que era uma confraternização mais familiar se expandiu e reuniu cerca de 100 pessoas.
Veja fotos:
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