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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Dicotomias…

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16/11/2015 07h43 – Atualizado em 16/11/2015 07h43

Conversa nada fiada

Dicotomias…

Por Odil Puques

Sou o que penso, logo existo. Sou contra o aborto pelo aborto, aquele em que a mãe ou os pais simplesmente decidem que não querem a criança e resolvem tirá-la, seja por motivos financeiros, por (in)conveniências ou simplesmente porque as circunstâncias não deixam, mas sou favorável naqueles casos em que a legislação já permite, ou seja em caso de estupros e risco de vida para a gestante. Em 2012 o Supremo Tribunal Federal (STF) deixou de considerar crime o abortamento em casos de anomalias fetais graves e incompatíveis com a vida extrauterina, sobre essa questão não consegui ainda firmar um convencimento. Sou visceralmente contra a pena de morte, mas tenho cá para comigo que a legislação deveria ser mais dura com relação ao tempo em que aqueles que cometem crimes graves, como por exemplo, cumprir integralmente a pena imposta e em alguns casos a prisão perpétua. Sou a favor das cotas para negros, indígenas e alunos oriundos da escola pública entrar nas universidades e no serviço público, mas sou contra, por exemplo, que se estabeleçam cotas exclusivas para as mulheres ocuparem cargos públicos na política. Penso que tem que haver distribuição de vales alimentação para as famílias necessitadas, mas não se pode fazer disso uma perpetuação para não tornar dependente quem recebe e quem dá. As terras indígenas que comprovadamente foram suas devem voltar aos seus, mas o atual proprietário que a adquiriu legalmente deve ser indenizado por isso, pela casa, pela cerca, pelo açude e principalmente pela terra. Falando nisso não acho que devamos incorporar os indígenas à sociedade não índia, devemos sim lutar para que mantenham suas tradições, seus costumes e suas rezas. Sou contra a invasão que os guaranis kaiowás estão sofrendo das igrejas em seus territórios. Sou a favor de um estado mais liberal e menos burocrático, o que não significa dizer que não tenha que cuidar do essencial, como saúde, educação e segurança pública. Sou privativista, mas não gostaria de ver a Petrobras nas mãos exclusiva dos particulares, embora se assim o fosse, não veríamos o que estamos vendo. Nem vou falar sobre sobre umas baboseiras que graçam por aí sobre a volta dos militares ao poder, porque se trata disso, apenas de pantomimas. Fui do PT, sou hoje presidente local do PMDB, o que quer que isso signifique. Enfim, virei coxinha…

O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna

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