11/10/2011 07h00 – Atualizado em 11/10/2011 07h00
Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul
A Bandeira
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o art. 7º do Decreto-lei n.º 1, de 1.º de janeiro de 1979,
DECRETA:
Art. 1º – Fica instituída a Bandeira do Estado de Mato Grosso do Sul, como consta do desenho em anexo, elaborada por Mauro Miguel Munhoz, e assim descrita pelo autor:
“O homem, em uma de suas mais caracterísitcas atitudes, sempre procurou representar seus sonhos, seus ideais, suas mais caras razões de viver, através de uma simbologia que transmitisse, não só a ele, mas também aos que o rodeiam, a magnitude de tais pensamentos.
Ideais trabalhados e realidade construída: Bandeira, Flâmula Magna, símbolo máximo a pairar sobre nossa Terra, pois, aparentemente frágil em sua haste, na realidade traduz a força conjunta de toda a população de um Estado.
Nosso símbolo é o do equilíbrio, da firmeza e da serenidade. Nós somos a estrela dourada que brilha no céu azul da esperança, a simbolizar a riqueza do nosso labor.
As metas e os campos do nosso Estado representam um desafio, mas ao mesmo tempo, a consciência da preservação do nosso verde, de nosso tesouro maior, que é a própria natureza.
Nós somos o Estado do equilíbrio, onde chaminés siderúrgicas e áreas florestais coexistirão pacificamente, lado a lado.
Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos.
DESCRIÇÃO GEOMÉTRICA:
Retângulo com proporções de 10 (dez) unidades de comprimento por 7 (sete) unidades de altura, de cuja extremidade inferior esquerda ergue-se, a 45º, faixa branca com 2 (duas) unidades de espessura. Na parte superior da dita faixa, completa o retângulo de cor verde, enquanto que, na de baixo, a cor é azul. Em sua extremidade inferior direita, está a estrela dourada de 5 (cinco) pontas”.
Art. 2º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Campo Grande, 1º de janeiro de 1979.
HARRY AMORIM COSTA
Governador
O Brasão
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o art. 7º do Decreto-Lei nº 1 de 1º de janeiro de 1979,
DECRETA:
Art. 1º – Fica instituído o Brasão de Armas do Estado de Mato Grosso do Sul, como consta do desenho em anexo, elaborado por José Luiz de Moura Pereira, com a seguinte descrição e justificativa do autor:
“O escudo é do tipo peninsular ou flamengo, que na moderna heráldica brasileira tem merecido destacada preferência e está dividido de forma que o terço superior ocupe o chefe e os dois terços restantes, a faixa e campanha.
Em chefe, a parte mais nobre do escudo, representando a criação do novo Estado. Nele, o chefe, de “blau” (azul), uma estrela de ouro, que é a estrela constante na Bandeira do Estado, e que simboliza um Estado nascente, cujo futuro se ergue promissor e fecundo. O metal, “ouro”, simboliza a riqueza que nosso futuro trará.
Abaixo dessa alegoria, sobre o campo “sinople” (verde) que ocupa os dois terços inferiores do escudo, a figura altiva de uma “onça pintada” passante, estilizada com a cabeça voltada para a destra e com aplicações em “sable” (negro) sugerindo “pintas” (a qual pretendemos dar posturas de dignidade heráldicas sem a importação de figuras quiméricas e fantásticas, extraídas da mitologia e de lendas alheias a nossa realidade) no seu “habitat” natural, como representante legítima de uma fauna rica e exuberante que, pesa-nos dizer, em avançado processo de extinção.
Circundando o escudo, como fechamento, uma bordadura em “blau” (azul) com bordaduras de campo em prata, carregada com 55 (cinquenta e cinco) estrelas igualmente de prata, representativas da totalidade dos municípios que compõem a unidade do novo Estado. Este número poderá ser alterado, à medida que se torne necessário, pela anexação ou desmembramento dos municípios.
Como suporte, uma grinalda com um ramo de café frutificado à destra, e outro de erva-mate florido à sinistra, representativos de duas culturas das mais significativas, tanto pelo seu valor histórico, como pela sua importância para a economia do novo Estado, ambos em sua cor natural, estilizados.
Encimando o Brasão, como timbre, os raios solares, do resplendor de ouro, em forma de meio círculo, constituído de 8 (oito) raios de pontas bipartidas mais duas metades, limitado abaixo pela linha de horizonte. Sobre a grinalda, uma fita de pontas bipartidas, em “blau” (azul) com as inscrições: 11.10.77 e Mato Grosso do Sul, em prata.
As cores adotadas estão assim classificadas bem como sua simbologia heráldica e seu significado. METAIS: ouro (amarelo) além de simbolizar justiça, fé e constância lembra as riquezas minerais do seu solo, de vital importância para o desenvolvimento econômico do novo Estado; prata (branco) traduz bondade, pureza e vitória, qualidades inerentes daqueles que têm sentimentos nobres. ESMALTES: “sinople” (verde) pode significar renovação; esperança de um grande destino que se descortina para o novo Estado, como também o verdor de suas matas e pastagens. O “blau” (azul) não somente expressa a cor do céu que cobre o novo Estado, como traduz sabedoria, fidelidade e clarividência, fatores ponderáveis no processo de desenvolvimento de um povo; o “sable” (negro) e os “goles” (vermelho) embora sejam aplicações e complementos da figura da “onça pintada” têm seu significado heráldico: o primeiro – solidez, firmeza e segurança; o segundo, grandeza, audácia, bravura.
MODULAÇÃO:
O escudo tem as proporções de 07 m (sete módulos) por 08 m (módulos) com uma bordadura com a largura de 01 m (um módulo) formando um escudo de 05 m (cinco módulos). Este está dividido em três partes na sua altura, de modo a resultar o primeiro terço, em chefe com 02 m (dois módulos) de altura e dois terços restantes compreendidos pela faixa e pela campanha com 04 m (quatro módulos).
A figura estilizada da “onça pintada”, colocada no meio desses dois terços tem 04 m (quatro módulos) de comprimento por 02 m (dois módulos) de altura.
O Chefe, em “blau” com a estrela dourada no centro 01 m (um módulo). As estrelas serão traçadas dentro de círculos iguais com diâmetro de 0,4 m (quatro décimos de módulo); as borduras de campo, interna e externa da bordadura terão 0,2 m (dois décimos de módulo).
A fita onde serão colocadas a data e o nome do Estado terá 0,75 m (três quartos de módulo) de largura, com algarismos e letras com 0,5 m (meio módulo) de altura. O resplendor terá um raio de 6,25 m (seis módulos e um quarto) partindo do centro da linha divisória dos terços superior e médio. As aplicações sugerindo “pintas”, terão 0,05 m (cinco centésimos de módulo) por 0,15 m (quinze centésimos de módulo) colocadas aos pares, alternadas. Os espaçamentos serão sucessões de 0,05 (cinco centésimos de módulos) e 0,35 m (trinta e cinco centésimos de módulo) no sentido do comprimento e de 0,35 m (trinta e cinco centésimos de módulo) e de 0,35 (trinta e cinco centésimos de módulo) no sentido da altura.
Inovações, mas não profanações, pois que não ferem dogmas da velha ciência e Arte da Armada, buscam atualizar a Heráldica, harmonizando com o espírito do Estado de Mato Grosso do Sul estas armas. São estas as inovações:
-
as cores: o “blau” (azul), os metais (ouro e prata), o “sinople” (verde), “sable” (negro) e os “goles” (vermelho), que nem por apresentarem abrandadas tonalidades deixam de ser as originais;
-
a supressão dos raios solares, que encimam o Brasão, em forma de meio círculo, alterações sempre possíveis, dado tratar-se de ornato exterior, sujeito às mais arbitrárias interpretações artísticas;
-
a supressão do detalhe, facultativo por também se tratar de elementos externos, da inscrição da divisa, dos ramos de café frutificado e da erva-mate florida e o resplendor.
Art. 2º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Campo Grande, 1º de janeiro de 1979.
HARRY AMORIM COSTA
Governador
Hino de Mato Grosso do Sul
(Decreto n.3 de 1° de Janeiro de 1979)
Letra: Jorge Antônio Siufi e Otávio Gonçalves Gomes
Música: Radamés Gnattali
Os celeiros de farturas,
Sob um céu de puro azul,
Reforjaram em Mato Grosso do Sul
Uma gente audaz.
Tuas matas e teus campos,
O esplendor do Pantanal,
E teus rios são tão ricos,
Que não há igual.
(Estribilho)
A pujança e a grandeza
De fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.
Moldurados pelas serras,
Campos grandes: Vacaria,
Rememoram desbravadores,
Heróis, tanta galhardia!
Vespasiano, Camisão
E o tenente Antônio João,
Guaicurus, Ricardo Franco,
Glória e tradição!
(Estribilho)
A pujança e a grandeza
De fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.
Download
Formato MIDTranscrição: Júlio da Costa Feliz
Formato MP3Coral e Orquestra Clássica de MS
Maestro Victor Diniz


