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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Mais de 1.000 pessoas protestam em Amambai contra a Reforma da Previdência (1)

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15/03/2017 19h57

Diversos segmentos e categorias profissionais de Amambai participaram da greve nacional aderindo ao movimento que aconteceu no município nesta quarta-feira (15)

Fonte: Redação

O Movimento Nacional contra a Reforma da Previdência, realizado em todo o país nesta quarta-feira (15), e que promete prosseguir até que seja reavaliado, ganhou força com a adesão da sociedade de Amambai.

Trabalhadores da Educação – professores e administrativos, alunos e seus pais, agentes penitenciários, trabalhadores rurais, cooperativados, vereadores, lideranças políticas, sindicalistas, índios Guarani Kaiowá das aldeias Limão Verde e Amambai e comunidade em geral estiveram presentes na manifestação que aconteceu em Amambai.

Foram mais de 1.000 pessoas que inicialmente se concentraram na praça Cel. Valêncio de Brum e depois percorreram a avenida Pedro Manvailer gritando palavras de ordem, reagindo contra a reforma e sensibilizando quem assistia a passeata.

Para o professor Jocimar Lomba, a sociedade civil se constitui em momentos como esses desta manhã. “Os profissionais da educação e de outras categorias, alunos, e trabalhadores em geral promoveram um ato público repleto de significado (…) a manifestação também foi uma resposta contra desmonte do Estado social e precarização do trabalho”, avaliou ele.

Em particular, continua Jocimar, gostei muito da participação da juventude no ato – de saltar os olhos, o que me fez emocionar e lembrar o saudoso Gonzaguinha que em seus versos apontava o caminho: “eu acredito é na rapaziada!” Eles sabem que se não derrubarmos a PEC da Morte são os que não viverão o suficiente para se aposentar.

Entidades unidas

Em todo o Brasil, o movimento foi coordenado por diversas entidades classistas e sindicais. Entre elas, a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, CUT – Central Única dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Frente Brasil Popular, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes).

Em Amambai

Em Amambai, os trabalhadores da Educação – professores e servidores administrativos das escolas -, através do Simted, puxaram a organização do movimento. A expectativa do sindicato e das lideranças das escolas foi confirmada: todas as unidades escolares, tanto da rede municipal como da estadual, paralisaram suas atividades.

Também os trabalhadores rurais, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Amambai, e os agentes penitenciários estiveram presentes e paralisaram suas atividades laborais nesta quarta-feira.

Durante toda a manhã, a cidade viveu momento de união e determinação em contrariedade a proposta de reforma do governo federal que traz prejuízos como o aumento da idade mínima para aposentadoria, que será de 65 anos para homens e mulheres, além da exigência de 49 anos de contribuição para ambos os sexos a fim de alcançar o teto remuneratório máximo no serviço público e na iniciativa privada, que será de R$ 5.531,31 neste ano.

O professor de Educação Física da rede estadual de ensino, César Guidotti, do comando de greve de Amambai, também avaliou que o ato realizado foi extremamente positivo. Ele citou como diferencial a participação de outros segmentos da classe trabalhadora e o conjunto da sociedade que, de forma espontânea, aderiu e manifestou seu repúdio a Reforma Previdenciária proposta pelo Governo. “Este governo ilegítimo joga a conta novamente para os trabalhadores pagarem; os jovens, principalmente, serão afetados”, diz Guidotti.

Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Amambai

O Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação – de Amambai esteve na linha da frente do movimento, organizando nos dias que antecederam a iniciativa, mobilizando a categoria e demais segmentos da cidade e também estando presente, não só no município, mas igualmente em Campo Grande quando aconteceu também no mesmo dia manifestação da Fetems.

A presidente do Simted, Olga Mariano, ressalta que a participação da categoria na greve nacional não é para protestar contra os governos estadual e municipal e sim contra o governo federal. “A nossa participação na greve tem como foco pressionar o governo federal sobre as medidas que está propondo na reforma”, afirmou.

Comunidades Indígenas

As comunidades indígenas das aldeias Amambai e Limão Verde também aderiram ao movimento. Representantes das duas áreas indígenas bloquearam as rodovias que dão acessos as suas casas.

Na MS 386, Amambai/Ponta Porã, índios Guarani Kaiowá da aldeia Amambai bloquearam a rodovia no período da manhã, liberando o tráfego de veículos a cada meia hora.

Na MS 156, Amambai/Tacuru, a rodovia também ficou bloqueada pela comunidade da aldeia Limão Verde. Das 8 às 11 horas, o tráfego foi interrompido e dezenas de veículos tiveram que aguardar o final da manifestação para seguirem viagem. Neste local, os índios reclamaram que um veículo do exército quase atropelou uma criança quando não concordou em parar e seguiu seu trajeto de forma violenta.

Prosseguimento do movimento

Durante todo o dia, os manifestantes realizaram atividades para esclarecer sobre as lutas e sensibilizar a comunidade. À tarde, novo grupo esteve na praça Cel. Valêncio de Brum para marcar posição contra a reforma da previdência. À noite, foi a vez dos acadêmicos e professores da Uems – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, unidade de Amambai, marcarem também presença no movimento.

A previsão é que o movimento grevista dure pelo menos três dias, quarta-feira (15), quinta-feira (16) e sexta-feira (17). Após essa data, será feita avaliação e tomada decisão sobre sua continuidade.

Participações

Junto com os trabalhadores, estiveram dando seu aval ao movimento, os vereadores Chico Ratier, Janete Córdoba e Fernando Fisher, além do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Genésio Barbosa , e o secretário municipal José Aparecido de Aguiar.

Veja todas as galerias de fotos e vídeos do Movimento em Amambai

Galeria 2

Galeria 3

Galeria 4

Galeria 5

Vídeos

A passeata dos manifestantes chamou a atenção do comércio de Amambai.

Jocimar Lomba e sua esposa, casal participou junto na manifestação.

Alunos do ensino médio, acompanhados pela professora Ramona, encenaram esquete com posicionamento crítico e contrário à Reforma da Previdência.

Agentes penitenciários aderiram ao movimento.

Mais de 1.000 pessoas protestam em Amambai contra a Reforma da Previdência (1)

Com suas danças tradicionais, índios da aldeia Amambai também participaram.

Na MS 156, Amambai/Tacuru, índios da aldeia Limão Verde bloquearam o tráfego de veículos durante toda a manhã.

Mais de 1.000 pessoas protestam em Amambai contra a Reforma da Previdência (1)

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